Autor: Fernando Machado

O filme que marcou uma década e que todo mundo deveria ver ao menos duas vezes na vida está deixando a Netflix Divulgação / Columbia Pictures

O filme que marcou uma década e que todo mundo deveria ver ao menos duas vezes na vida está deixando a Netflix

A adaptação de Bruce A. Evans e Raynold Gideon para “O Corpo”, conto presente na coletânea “Quatro Estações” (1982) de Stephen King, preserva a essência do suspense característico do autor, mas o utiliza pontualmente. Em vez disso, Reiner se concentra em uma narrativa fluida, na qual eventos paralelos se entrelaçam organicamente à trama principal, como os relatos fantasiosos e vibrantes das crianças. A estrutura do filme se ancora em um flashback que revela o trágico fim de Christopher Chambers, morto ao tentar apartar uma briga. 

Drama baseado em livro que ajudou mais de 20 milhões de pessoas a encontrarem esperança para seus corações desesperados, na Netflix Divulgação / Summit Entertainment

Drama baseado em livro que ajudou mais de 20 milhões de pessoas a encontrarem esperança para seus corações desesperados, na Netflix

Young enfrentava dificuldades imensas. Com sua esposa e quatro dos seis filhos, vivia em uma quitinete alugada, após perder a casa para uma hipoteca. A rotina era sufocante e o peso das incertezas avassalador. Em meio a esse cenário, a história de “A Cabana” começou a tomar forma em suas viagens diárias de trem para o trabalho. O que inicialmente era um gesto de amor paterno tornou-se um símbolo de fé e resiliência, encontrando eco em milhões de pessoas que buscavam alento diante da dor.

Melhor atuação de Tom Hanks desde “Náufrago”, filme está dando adeus à Netflix Divulgação / Columbia Pictures

Melhor atuação de Tom Hanks desde “Náufrago”, filme está dando adeus à Netflix

A trama se desdobra num embate tenso entre Phillips e Muse, o líder dos invasores. Mesmo encurralado, o capitão nunca se entrega por completo, utilizando estratagemas para desestabilizar seus sequestradores. Greengrass, contudo, vai além da construção de um suspense engenhoso e traça um retrato sociológico pungente: os piratas não são meros vilões de folhetim, mas produtos de um país devastado pela miséria e pela guerra. São brutais, sim, mas também desesperados, imersos em uma realidade sem alternativas.

Superprodução épica da Netflix que custou mais que “Coração Valente” e é um segredo que poucos desvendaram no catálogo Divulgação / Tariq Sheikh

Superprodução épica da Netflix que custou mais que “Coração Valente” e é um segredo que poucos desvendaram no catálogo

Chris Pine interpreta Roberto I com uma presença imponente, oscilando entre a autoridade calculista de um estratégico comandante e a vulnerabilidade de um homem que carrega nos ombros o destino de uma nação. Seu desempenho transmite as nuances de um líder disposto a pagar qualquer preço por sua terra, sem perder de vista os laços humanos que o conectam à sua missão. A Escócia retratada por Mackenzie é um tabuleiro de alianças instáveis e traições latentes, onde o ressentimento fermenta sob a superfície. O filme captura a transformação de um povo fragmentado em uma força coesa, movida pelo desejo de autodeterminação.

Eleito um dos filmes do século: o maior faroeste da história do cinema está na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Eleito um dos filmes do século: o maior faroeste da história do cinema está na Netflix

Sergio Leone transforma a aridez do Oeste americano em um tabuleiro de traições, onde o tempo se dilata e cada olhar carrega um peso mortal. Com uma narrativa que desliza entre a tensão e o lirismo, “Era uma Vez no Oeste” conjuga vingança, poder e sobrevivência, orquestrados pelo magistral Ennio Morricone. Claudia Cardinale, Charles Bronson e Henry Fonda conduzem um duelo de almas e balas, imortalizando este western como um épico sem pressa, mas sem retorno.