Se Camus tivesse um clube de leitura, estes 7 seriam os primeiros títulos

Se Camus tivesse um clube de leitura, estes 7 seriam os primeiros títulos

Imagine um clube de leitura secreto, frequentado por intelectuais que discutem existencialismo enquanto fumam cigarros invisíveis e ignoram solenemente qualquer livro que mencione “descobertas sobre si mesmo” antes da página 50. Camus é o presidente honorário, claro, mesmo morto, ele ainda atrasa as reuniões porque está contemplando o absurdo do cronograma. Nas estantes desse seleto grupo, não há espaço para autoajuda ou romances com trilogia garantida. Apenas obras com peso, angústia e um certo charme nihilista que faria qualquer leitor de Kafka sorrir (por dentro, é claro). É o tipo de clube onde, se você perguntar o que estão lendo, vai ouvir um suspiro profundo e um “depende do ponto de vista”.

Aqui, a ostentação não vem em capas duras ou box de colecionador. Vem no tipo de livro que não só destrói a alma, com elegância, como exige que você repense sua relação com o mundo, com o tempo e, especialmente, com aquele café que você esqueceu de terminar porque ficou travado em um parágrafo sobre o vazio da existência. O leitor ideal não quer conforto: quer ser desafiado, sacudido, às vezes esmagado por narrativas que fazem a luz parecer suspeita e a esperança, um detalhe ornamental. Neste clube de leitura, ninguém “gostou” do livro. Eles sobreviveram a ele.

Nesta lista, você vai encontrar sete títulos que combinam com um vinho amargo, uma madrugada insone e uma dose generosa de angústia refinada. São livros que, se pudessem falar, diriam: “Você é livre, mas não se iluda.” Obras-primas que sustentam a aura de prestígio de qualquer estante e cuja leitura deveria vir com uma cartilha de primeiros socorros filosóficos. Se você não se sentir ligeiramente arrasado após a última página, volte e leia de novo, desta vez com Camus soprando uma nuvem de ironia ao seu lado.