10 clássicos que o planeta inteiro decidiu ler em 2025

10 clássicos que o planeta inteiro decidiu ler em 2025

Tem gente que compra livro como quem compra vinho caro: só pra deixar exposto e fazer cara de quem entende. Esses volumes ficam ali, intactos na estante, como troféus de uma sofisticação que não passou da lombada. São os chamados “livros ostentação”, títulos de respeito, capas clássicas, letras douradas… e páginas que nem viram a luz do abajur. O sujeito não leu, mas jura que sentiu a angústia de Raskólnikov, vibrou com os Buendía e chorou com o peixe do Hemingway. Tudo isso no intervalo entre duas postagens no Instagram.

E não é só por fingimento, veja bem. Às vezes é o medo da densidade, da linguagem truncada, da narrativa que exige fôlego e não oferece resumo animado no YouTube. Outras vezes, é só preguiça mesmo. O fato é que certos livros viraram código de status intelectual: uma espécie de bolsa Chanel literária. Quem tem, quer mostrar. Quem mostra, nem sempre lê. E quem lê, raramente grita aos quatro ventos, porque sabe que, mais que um adereço, são obras que pedem silêncio, tempo e digestão lenta.

Nesta lista, reunimos 7 clássicos que vivem mais nas estantes do que nos olhos dos leitores. Mas, ironias à parte, são livros que merecem cada página lida, relida e talvez até sublinhada (com lápis, por favor, nunca com marca-texto fluorescente). Abaixo, as sinopses, com a exatidão de um bibliotecário maníaco por contagem de caracteres, e a reverência crítica que esses gigantes da literatura realmente merecem.