Livros ostentação: 7 clássicos usados para status, não para leitura

Livros ostentação: 7 clássicos usados para status, não para leitura

Se todo brasileiro tivesse uma estante com a sinceridade de um taxista carioca, ela gritaria: “me ajuda que esse livro só tá aqui pra impressionar visita”. E não estamos falando de romances policiais ou autoajuda com capa dourada. Estamos falando da elite da ostentação literária, aquelas obras que exigem seis dicionários, um chá de camomila e duas reencarnações para serem lidas. Você provavelmente já viu essas belezuras em fotos de LinkedIn, no fundo da estante de algum CEO ou empilhadas artisticamente no Instagram de um aspirante a pensador. São livros com tanto prestígio que viraram… decoração. E convenhamos: nada como um “Finnegans Wake” estrategicamente posicionado para dizer “eu leio em javanês arcaico antes do café da manhã”.

Essas obras têm o poder mágico de hipnotizar intelectuais e intimidar qualquer leitor desavisado. São citadas mais do que lidas, reverenciadas mais do que compreendidas, e presentes em mais perfis do que páginas viradas. Há quem compre uma edição bilíngue de “A Divina Comédia” só pra ter a certeza de que ninguém vai pedir emprestado. Outros investem em “O Homem Sem Qualidades” como quem adquire um imóvel na Riviera Francesa: um investimento de longo prazo, raramente utilizado. E o mais fascinante é que ninguém admite, todo mundo jura de pés juntos que vai ler “Em Busca do Tempo Perdido” nas férias. Só esquece de dizer em qual século.

Por isso, preparamos esta lista de sete clássicos que são o equivalente literário de um relógio suíço: belos, caros, desejados e completamente ignorados quando se trata de uso prático. Se você já tentou começar algum deles e desistiu antes da página vinte, fique tranquilo, você está em excelente companhia. Se nunca nem abriu, melhor ainda: sua lombada está intacta, pronta para impressionar no próximo Zoom corporativo. E se você realmente leu algum… parabéns. Você tem o direito de julgá-los com propriedade. A seguir, sete sinopses que finalmente revelam o que esses livros dizem, para além do que fingem dizer sobre quem os possui.