Houve um tempo em que a inteligência era silenciosa. Discreta como uma fortuna antiga guardada em cofres que não se abriam com senhas, mas com sussurros. Os que sabiam mais — ou melhor, os que sabiam perguntar — não falavam muito. E, curiosamente, continuam sem falar. Há um padrão nisso: quem detém acesso ao que ainda não se popularizou costuma preservar a linguagem do mistério, como quem esconde uma fonte de água doce no deserto. É que certos instrumentos, quando muito divulgados, perdem o fio da sutileza. E o ChatGPT — essa máquina de responder o que nem sempre sabemos formular — virou, para alguns, um atalho. Para outros, um portal.
Mas há camadas. Há modos de usar uma lâmina que não ferem, só refinam. Não se trata de pedir a resposta certa, mas de aprender a fazer a pergunta que molda o mundo. E nisso, sim, os ricos — os que pensam o longo prazo, os que operam sob o manto da estratégia e da privacidade — já se movimentam. Em silêncio, de novo. Enquanto a maioria busca atalhos rápidos, eles buscam estruturas cognitivas. Arquiteturas de decisão. Simulações de futuro. Códigos de reputação e influência que nem parecem escritos — parecem pensados.
Talvez o que distinga não seja o acesso, mas a gramática invisível que organiza esse acesso. Porque qualquer um pode conversar com uma IA. Mas poucos sabem forçá-la a pensar de verdade. Poucos conduzem a conversa como um xadrez: antecipando cinco jogadas, deixando espaços vazios que a máquina é obrigada a preencher com inferência, não com repetição. E quando isso acontece — quando um prompt não é um pedido, mas uma provocação articulada —, o que surge já não parece mais uma resposta. Parece insight.
É por isso que, mesmo sem chamar atenção, mesmo sem parecer “tecnológicos”, os mesmos de sempre estão três passos à frente. Eles não querem saber o que a IA sabe. Querem saber como ela pensa. E nisso, como sempre, transformam o que é ferramenta em vantagem. O resto — nós — talvez ainda estejamos admirando a superfície, sem saber que há profundidades que só se alcançam quando se aprende a perguntar como quem navega, e não como quem apenas digita.
E o mais surpreendente — ou inquietante — é a simplicidade do acesso: basta copiar o prompt e colar. O que vem depois é uma forma de inteligência ampliada, modelada pelas perguntas mais sofisticadas já concebidas nesse campo. Esta é, sem exagero, uma das versões mais avançadas já disponibilizadas publicamente — tanto em estrutura quanto em conceituação. Um modo de pensar que, até pouco tempo, só circulava em salas fechadas.
ARQUITETO DO FUTURO — Estratégia Preditiva Antifrágil
Prompt:
“Atue como um arquiteto estratégico futurista. Elabore um plano de posicionamento pessoal e de negócios para os próximos 10 anos, dividido em 4 fases: Imersão, Consolidação, Escala e Diversificação.
Para cada fase, execute as seguintes etapas vinculantes:
- Aplique pensamento de segunda ordem (impactos indiretos);
- Valide cada decisão estratégica com 3 fatores:
— (a) Tendência macroeconômica global,
— (b) Inovação tecnológica disruptiva,
— (c) Riscos geopolíticos ou sistêmicos; - Detecte e nomeie vieses estratégicos implícitos;
- Proponha um cenário disruptivo que invalidaria o plano;
- Refine a estratégia para torná-la antifrágil diante de eventos inesperados.
No final, produza um sumário executivo validado por essas 5 camadas. Se qualquer etapa for inconclusiva, sinalize e solicite mais dados.”
ANJO INVISÍVEL — Investimento Assimétrico com Validação Cruzada
Prompt:
“Você é um analista de investimentos focado em oportunidades assimétricas emergentes.
Siga estas etapas vinculantes e iterativas:
- Liste 3 setores emergentes com potencial de multiplicação em 3—5 anos;
- Para cada setor, valide com:
— a. Microtendência comportamental,
— b. Gatilho tecnológico ou regulatório,
— c. Sinais fracos (fontes não convencionais); - Modele 3 cenários (conservador, realista, otimista) com cálculo de risco-retorno;
- Aponte os vieses de confirmação usados na análise;
- Apresente um contra-argumento plausível para cada tese;
- Gere uma versão corrigida e mais robusta da estratégia, explicando como ela se adapta a uma crise sistêmica.
A entrega final deve ser validada internamente por coerência lógica e robustez em ambiente de incerteza.”
ENGENHEIRO DO TEMPO — ROI Temporal com Simulação e Contramodelo
Prompt:
“Você é um engenheiro de tempo de alta performance.
Siga as etapas abaixo para reestruturar minha rotina semanal:
- Classifique minhas atividades por:
— Impacto Financeiro,
— Energia Residual,
— Desgaste Cognitivo,
— Escalabilidade; - Aplique a Matriz de Tempo Exponencial (Eliminar, Automatizar, Delegar, Concentrar);
- Estime o ROI de tempo por bloco (tempo gasto vs. valor gerado);
- Modele uma simulação de agenda ideal de 30 dias e seus impactos esperados;
- Elabore um contramodelo de rotina baseada em intuição, em vez de lógica pura;
- Compare os dois modelos com análise crítica de: produtividade, qualidade de vida e resultados de longo prazo.
Valide todos os diagnósticos com consistência interna e ofereça correções se encontrar contradições entre métricas e objetivos.”
MAESTRO DA MARCA OCULTA — Branding com Stress Test de Reputação
Prompt:
“Simule ser um estrategista de branding pessoal para indivíduos de altíssimo nível que buscam influência sem exposição.
Construa uma narrativa de marca baseada nas seguintes camadas:
- Identidade simbólica implícita (ex: arquétipo invisível);
- Estratégia de autoridade silenciosa (sem autopromoção);
- Atração de oportunidades inbound com zero anúncio;
- Percepção de valor por associação e escassez.
Em seguida, valide a coerência narrativa com base em minha trajetória (descrever) e valores centrais.
Depois, realize um Stress Test Reputacional:
— Simule uma exposição pública não planejada,
— Analise os pontos de ruptura de imagem,
— Proponha ajustes antifrágeis para preservar a narrativa sob pressão.
Finalize com um sumário de blindagem estratégica de imagem de longo prazo.”
ORÁCULO DE DECISÃO — Tomada Estratégica com Autocrítica Forçada
Prompt:
“Me ajude a tomar a seguinte decisão crítica: [descreva o problema].
Siga esta sequência vinculante:
- Modele 3 cenários (conservador, realista, otimista);
- Analise cada cenário com base em:
— Probabilidade × impacto,
— Custo de reversão,
— Efeitos de segunda e terceira ordem; - Aplique dois modelos mentais diferentes (ex: Naval Ravikant vs. Nassim Taleb) e compare os resultados;
- Identifique meus vieses cognitivos e erros de framing na formulação do problema;
- Proponha uma decisão alternativa radical (com justificativa lógica);
- Valide toda a análise com autocrítica: a resposta é robusta diante da incerteza, viés e tempo?
Se encontrar fragilidade lógica, reconstrua a proposta usando premissas novas.”
DNA DA ESCALA — Modelo de Negócio Exponencial com Simulação Inversa
Prompt:
“Simule ser um arquiteto de negócios escaláveis com margem alta e presença mínima do fundador.
Siga os passos obrigatórios:
- Gere 3 propostas de valor com transformação percebida extrema;
- Valide cada uma com:
— Escassez de solução,
— Urgência real,
— Margem líquida esperada; - Modele canais de aquisição com CAC < 20% da LTV;
- Apresente alavancas de escala: automação, comunidade, conteúdo;
- Simule um pitch deck de 6 slides (resumo executivo);
- Agora, faça uma simulação inversa: como esse negócio colapsaria sob pressão (crise, churn, censura, etc.);
- Corrija o modelo para torná-lo antifrágil e resiliente ao pior cenário.”
SOCIEDADE SECRETA — Inserção Silenciosa em Círculos de Poder
Prompt:
“Simule ser um estrategista de influência invisível com acesso a redes de poder informal.
Execute estas etapas estruturadas:
- Mapeie os núcleos de influência não oficiais no setor [X];
- Identifique os códigos simbólicos, linguagens ocultas, rituais e filtros sociais desses círculos;
- Crie uma estratégia de inserção dividida em 4 camadas:
— Introdução (valor invisível),
— Validação (credibilidade percebida),
— Integração (acesso informal),
— Alavancagem (construção de status oculto); - Estime o capital social necessário para cada fase;
- Simule um plano reversível caso eu perca acesso repentinamente;
- Modele uma reputação que sobreviva à exclusão do grupo e mantenha poder de influência por si mesma.
Valide todo o plano com checagem de coerência, impacto e antifragilidade relacional.”