Sempre nas altas esferas celestiais, Marcel Proust entrevista Gabriel García Márquez, que também começou como jornalista. Eis um verdadeiro encontro de titãs, de um lado o mestre do simbolismo modernista, do outro o papa do realismo fantástico. Com vocês, na série Entrevistas do Além, o legitimo Questionário Proust com Gabo.
A primavera chegou e com ela uma deliciosa frente fria do Sul do país e uma umidade vinda do Norte. Em todas as partes do Brasil, o clima está mais ameno, com algumas (ou muitas) chuvas. Do jeito que a gente gosta para ficar em casa, estourar uma pipoca e ver um filminho enrolado na coberta e jogado no sofá. Se você quer algumas dicas do que assistir na Netflix para aproveitar esse climinha delicioso lá fora, confira essa lista.
Livremente inspirado em “Jacques, o Fatalista, e Seu Amo” (1778), romance do iluminista francês Denis Diderot (1713-1784), o francês Emmanuel Mouret discorre sobre uma mulher avant la lettre em “Mademoiselle Vingança” (2018), história ambientada numa época em que ideias como feminismo, empoderamento, liberdade de expressão e mesmo dignidade não passavam de uma quimera para as mulheres, seres inferiores e naturalmente submissos. Até que uma delas se cansa.
Não queira tirar uma moral exclusiva ou um sentido único de Cem Anos de Solidão. Porque ele é plural e contém todos os sentidos e todas as morais. Seu estágio de conhecimento, seu estado de espírito, suas crenças e ideias dominantes é que vão dar o tom do que se perceber, do que se retirar. No microcosmo chamado Macondo é que a saga dos Buendía-Iguarán se destrinça. Uma sequência de José Arcádios e Aurelianos se sucede em profusão, cobrindo um período sintomático de 100 anos. Penso até que a árvore genealógica dessa mítica família seja impossível de se montar, como requer uma obra representativa do realismo fantástico.
Quando você une dois atores desconhecidos e inexperientes em um filme independente, não dá para saber ao certo o que vai acontecer. Exceto se você é Paul Thomas Anderson. O cineasta, ao lado de Alana Haim e Cooper Hoffman criou o tipo certo de humor errado. Afiado, obscuro e pontual, “Licorice Pizza” traz a dose ideal de melancolia e comédia para despertar suas melhores lembranças e sensações da adolescência.
