Jamie (Mila Kunis), uma eficiente headhunter de Nova York, enxerga em Dylan (Justin Timberlake), um diretor de arte em ascensão, uma oportunidade profissional promissora. Com charme e determinação, ela o convence a mudar para a cidade e assumir um cargo importante numa revista prestes a passar por uma reformulação ousada. Mas o profissional rapidamente cede espaço ao pessoal.
“O Amante da Rainha”, dirigido por Nikolaj Arcel, mergulha na Dinamarca do século 18, onde o Iluminismo luta para emergir em uma sociedade oprimida. Entre política, romance e insanidade real, o filme tece a história da jovem rainha Caroline Matilde, aprisionada em um casamento sombrio com o rei Cristiano VII e envolta em uma paixão proibida com o iluminado médico Struensee. Uma revolução silenciosa que ecoa até hoje.
Por trás da narrativa principal, o filme examina dilemas éticos profundos. A decisão de sacrificar cem mil soldados na invasão da Sicília, ou de manipular informações e pessoas em nome de um bem maior, ilustra a tensão entre pragmatismo e moralidade. Nicholas Rowe, como o capitão David Ainsworth, oferece um contraponto moral à lógica implacável que guia a operação. Em meio a esse cenário, a frase de Maquiavel — “os fins justificam os meios” — é posta à prova de forma contundente.
Durante o período pós-Segunda Guerra Mundial, crianças italianas foram enviadas para o norte do país em busca de um futuro menos cruel. “O Trem Italiano da Felicidade” captura com sensibilidade essa realidade através de Amerigo, um garoto napolitano dividido entre a dureza de sua mãe biológica e o afeto inesperado de uma nova família. Uma história de separação, afeto e transformação, imortalizada sob a direção de Cristina Comencini.
O filme não atrai apenas pela trama envolvente, mas também pelo comprometimento de Ashley Judd, que realizou extensivo treinamento em artes marciais para dar vida à corajosa Kate. A atriz insistiu em executar várias cenas perigosas sem dublê, incluindo a arriscada fuga ao saltar de uma cachoeira de 50 metros, embora a produção tenha vetado essa ideia por questões de segurança. Kate aparece como um símbolo de resiliência e empoderamento, enfrentando traumas profundos para ajudar a capturar o criminoso e salvar outras vítimas.
