As sete big bilionárias

As sete big bilionárias

Esse texto que você está lendo agora, por exemplo, foi escrito no Word da Microsoft, vai ser divulgado pelo Facebook da Meta ou pelo Instagram, que é da Meta também, ou pelo Twitter, que é do Elon Musk. Certamente será lido em algum celular, que no meu caso é da Apple, mas poderia ser da Sansung, que usa o Android da Google. Para escrever eu tive que consultar o Google para descobrir que a sétima empresa era a Nvidia, que por sinal deve ter algum chip envolvido nessa parada.

Na minha época não era melhor

Na minha época não era melhor

Cedo demais para ficar mal-humorado. Ainda assim, aborreci-me. Pulei cedo da cama de campanha, fui escovar os dentes, mas me deparei com a bisnaga de dentifrício espremida até o talo, a qual eu havia deixado sobre a Telefunken. Miseravelmente, eu me esquecera de passar na farmácia do Geraldino para comprar Kolynos. De toda forma, o velho farmacêutico recusava-se a me vender fiado ou a aceitar os meus cheques. Não o culpava pela falta de deferência. Além de estar desempregado há meses, a minha caligrafia era ininteligível.

6 livros nórdicos que valem cada milésimo de segundo do seu tempo

6 livros nórdicos que valem cada milésimo de segundo do seu tempo

Em meio ao gelo, ao silêncio e às vastidões invernais, alguns livros não apenas contam histórias — eles sussurram segredos antigos, reverberam emoções contidas e revelam camadas profundas da existência. São narrativas que recusam pressa, mas que recompensam cada segundo de entrega com uma beleza rara e quase selvagem. Seis obras nórdicas contemporâneas, escritas com lirismo, precisão e um olhar afiado sobre o humano, merecem ser lidas devagar, com a escuta atenta de quem sabe que há fogo sob a neve. Palavra por palavra, elas transformam.

Fahrenheit 451: Bradbury, Cioran e a última fagulha na Avenida Paulista

Fahrenheit 451: Bradbury, Cioran e a última fagulha na Avenida Paulista

Numa era em que tudo convida à distração, pensar tornou-se um gesto insubordinado. Este ensaio percorre as camadas de uma distopia elegante, onde o silêncio foi abolido e a memória, dissolvida. Entre personagens que hesitam, lembram, se curvam ou resistem, emerge a suspeita incômoda de que o maior inimigo da consciência não é a repressão violenta — é a renúncia voluntária. Escrito com fulgor crítico e eco filosófico, o texto propõe uma leitura radical do presente, em que esquecer é fácil demais, e lembrar exige coragem. Há livros que ferem. Outros que despertam. E há os que, como este, fazem os dois.

4 livros menos conhecidos de Dostoiévski que você precisa ler

4 livros menos conhecidos de Dostoiévski que você precisa ler

À sombra dos romances monumentais que fizeram de Dostoiévski um pilar da literatura mundial, existem obras mais discretas que, embora menos badaladas, abrigam uma força emocional e filosófica igualmente arrebatadora. São livros curtos, intensos, repletos de angústia, ternura, loucura e questionamentos existenciais que saltam da página como se exigissem ser ouvidos. Neles, não encontramos heróis — apenas almas dilaceradas, presas em dilemas que ressoam profundamente com os nossos.