Autor: Edson Aran

O humor precisa ser irreverente ou então vira propaganda de margarina

O humor precisa ser irreverente ou então vira propaganda de margarina

Muito antes de inventarem “Star Wars”, já existia a “prequel”. Parece que em português se diz “prequela”. Sério. “Prequela” lembra um cancro venéreo nos Países Baixos, então vamos de “prequel” mesmo. Gargântua é o pai de Pantagruel, como Anakin é pai de Luke, mas a história dele foi publicada em 1534, dois anos depois do primeiro livro. Os dois são gigantes e comem, bebem e transam como se o mundo estivesse à beira do Juízo Final. Vem daí as expressões “banquete pantagruélico” ou “proporções gargantuescas”. Literatura também é cultura!

A distopia mais bonita da cidade

A distopia mais bonita da cidade

As distopias estão na moda. E não apenas na política, mas também na literatura, veja você. Pode ser apenas masoquismo do leitor, mas também pode ser um ciclo autodestrutivo. Primeiro a pessoa lê ficções sobre lugares e tempos horríveis. Depois elege gente capaz de transformar a realidade em alguma coisa mais estranha do que a ficção.

Um escritor é só uma Anitta que não sabe rebolar Foto: Delmiro Junior

Um escritor é só uma Anitta que não sabe rebolar

Gente que escreve pensa que é grande coisa. O cara aprende conjugação verbal, coloca um substantivo antes do adjetivo e, pronto, já se acha um gênio da raça. É uma praga. Depois de meses ou anos batucando o teclado, o escritor finalmente coloca um ponto final no texto e pensa: “Esse meu novo livro tem verdades tão profundas sobre a natureza humana que me aclamarão gênio antes da próxima quarta-feira, tenho certeza!” Dá dó, claro, mas pretensão não enche o saco.