Brasil, ano de 2064. A situação do país continua a mesma de sempre, o Brasil continua sendo o país do futuro, mas o futuro nunca chega. As autoridades brasileiras, preocupadas com a situação do país convocam uma enorme reunião para tentar tirar alguma ideia para o Brasil enfim decolar. A reunião conta com representantes dos três poderes, dos sindicatos, dos patrões e de todas as pessoas pensantes do país, mas não se consegue chegar a um consenso.
Na trama, Gal Gadot vive Rachel Stone, uma agente pertencente a uma organização secreta chamada A Carta. Esse grupo de inteligência ultraconfidencial guarda um recurso tecnologicamente avançado conhecido como O Coração. Este dispositivo, um “MacGuffin” clássico no cinema, é uma inteligência artificial capaz de prever ataques terroristas, neutralizar armas nucleares e resolver problemas globais complexos. Apesar de seu poder quase ilimitado, a organização utiliza O Coração exclusivamente para evitar tragédias.
Com uma trama que explora o reencontro entre o passado e o presente, a narrativa conduz o espectador por um jogo emocional entre nostalgia e o absurdo das transformações da vida adulta. Sob a direção de Alex Hardcastle, o humor desponta como um elemento essencial, sendo enriquecido por performances marcantes que oscilam entre o cômico e o reflexivo, numa celebração das mudanças inevitáveis que moldam o indivíduo ao longo das décadas.
No centro dessa narrativa está Roberto I, rei da Escócia, vivido por um Chris Pine que incorpora a figura de um líder paternalista, cuja presença magnética confere ao personagem a densidade necessária para conduzir a trama. Mackenzie retrata Roberto não apenas como o herói que desafia a Inglaterra, mas também como um soberano cuja busca pelo poder é permeada de contradições. A Escócia da época é um mosaico de instabilidades e divisões internas, algo que Roberto explora e amplia, mesmo ao custo de sua própria população, ao arrastar o país para uma longa era de turbulências.
Entre memórias de amizade e dores do crescimento, a obra retrata a delicada transição entre infância e adolescência, tecendo uma história de coragem, perdas e descobertas. Com um roteiro que une emoção e reflexão, o filme transforma pequenos eventos em símbolos universais, convidando o público a revisitar seus próprios passos pelos trilhos da vida e enfrentar o desconhecido.
