Perambulando pela Netflix, percebi que o catálogo está recheado de algumas joias do cinema nacional que não podem ser ignoradas ou esquecidas. Desde as clássicas comédias até dramas e filmes documentais, o cinema nacional é um dos mais preciosos do mundo e merece receber seu devido valor.
“O Matador” dirigido por Marcelo Galvão, é uma imersão cinematográfica no sertão nordestino, onde lendas e realidades se entrelaçam em uma narrativa que evoca o ambiente árido e brutal da caatinga. Ambientado em 1910, o filme acompanha a trajetória de Cabeleira, um matador moldado pelas durezas de uma terra sem leis, onde a busca por turmalinas preciosas revela um mundo de violência e sobrevivência implacável.
“As Ondas” (2019), dirigido por Trey Edward Shults, é uma intensa exploração das complexas dinâmicas familiares e da psique humana. Ambientado na Flórida, o filme acompanha a jornada de uma família afro-americana de classe média alta, enquanto lida com pressões sociais e emocionais. Shults constrói uma narrativa poderosa, equilibrando a beleza visual com profundidade emocional, revelando como as escolhas e os traumas moldam o destino de cada personagem.
“Não Olhe para Trás” explora os dilemas de Danny Collins, uma antiga estrela do rock que, após décadas de excessos e glória, enfrenta um vazio existencial inesperado. Quando uma carta perdida de John Lennon ressurge, Danny é forçado a reavaliar suas escolhas e confrontar seu passado. Dirigido por Dan Fogelman, o filme mergulha nos desafios pessoais e nos conflitos internos de uma celebridade, oferecendo uma visão humanizada da fama.
O lançamento do filme “Homens de Coragem” em 2017, quatro anos após a tragédia que retrata, gerou grande interesse e debate. Esse tipo de filme, que explora desastres reais, costuma levantar questões sobre ética, humanidade e o verdadeiro significado de altruísmo em um mundo onde o pragmatismo e a indiferença muitas vezes prevalecem. A história desafia a visão cínica do mundo, perguntando o que se ganha ao salvar vidas quando parece que tudo mais está perdido.
