“Apostando Tudo” é um contrassenso a começar do título. O filme de Joe Swanberg tinha quase tudo para emplacar um resultado glorioso, a despeito de um orçamento decerto reduzido, principalmente porque ancorado por um elenco excepcionalmente bom. Contudo, muita coisa no roteiro fica pelo caminho, e a expectativa de se assistir a um filme minimamente coeso, termina como mesa de pano verde ao fim de uma noite de jogatina: uma desordem completa.

No que se refere ao cinema espanhol, isso vem acontecendo de maneira ininterrupta há mais de seis décadas, e ao longo deste ainda incipiente século 21, os filmes produzidos na Espanha coroam esse sucesso. Que o diga “Abaixo de Zero”, em que o diretor Lluís Quílez apresenta, valendo-se um elenco muito bem escalado, dotado de raro talento, uma história inventiva e tecnicamente irrepreensível. Marcas do cinema de sua terra.

Não adianta: a tecnologia veio para ficar, está cada vez mais presente no cotidiano de todos — e nas atividades mais básicas — e se impõe sobre velhos hábitos. A despeito de tudo isso (ou justamente por essa razão), frequentemente somos feitos reféns de softwares e algoritmos, quando deveríamos ser nós a dar as cartas e botar a máquina no seu lugar. “Escolha ou Morra”, do diretor Toby Meakins, não vai tão longe, mas deixa claro que a decisão de viver a reboque da inteligência artificial pode não acabar bem, ainda que tudo tenha a aparência de um simples jogo.

Se você está em busca de filmes novos, que ainda não tenha assistido e que vão proporcionar momentos de imersão diante da tevê, leia agora essa lista que a Revista Bula preparou para você. Nas últimas semanas, a Netflix lançou dezenas de produções novas e muitas delas são de qualidade e vão te fazer esquecer do celular e das redes sociais. Então, não perca essa oportunidade de se descolar um pouco dos vícios modernos e esquecer as preocupações.