Gary Winick apresenta “Cartas para Julieta”, uma profissão de fé na mais humana das emoções, lançando mão de uma sequência de imagens em que serafins; figuras pictóricas de quadros renascentistas, talvez de Caravaggio (1571-1610); personagens do cinema mudo e adoráveis peixinhos coloridos seguem a recomendação de Cole Porter e se entregam a tudo quanto importa na vida.
“Um Lugar Silencioso” recusa o susto pelo susto e assim mesmo consegue incluir o espectador naquilo que vai à tela. O filme de John Krasinski, uma exaltação à inteligência do espectador ao nunca se curvar às suas preferências, mostra com tal expediente que o público tem de aprender a exigir mais — até (ou principalmente) das histórias de terror.
“O Mistério das Garotas Perdidas” é um thriller investigativo coreano, que envolve seus três personagens centrais em uma série de assassinatos de meninas em um grupo religioso. Com uma premissa interessante, um roteiro original e um grande potencial dramático, o longa-metragem de Jae-hyun Jang faz jus à boa fama dos filmes de terror e mistério asiáticos.
“Sicário, Terra de Ninguém” (Denis Villeneuve, 2015) é a perseguição e tocaia desse tipo de profissional que não sabe onde esconder os corpos de suas vítimas e por isso amontoa os cadáveres atrás de paredes falsas de uma casa abandonada no deserto. A descoberta desencadeia uma operação da Cia para chegar no assassino, usando métodos condenados de tortura e morte.
“Código de Silêncio” vale-se do comentário racialista a fim de listar as inúmeras dificuldades de um grupo de jovens negros ao conseguir deslizar pela peneira do ensino universitário nos Estados Unidos. O justo viés afro-americano empregado por Gerard McMurray deixa evidente a necessidade de se abrir o leque para uma outra compreensão do problema, mais urgente porque desconhecida, mais grave porque muito mais perigosa.
