Autor: Karen Curi

Viver é se despedir um pouco de nós mesmos

Viver é se despedir um pouco de nós mesmos

Essa vida é mesmo surpreendente. Em uma única existência somos capazes de viver e sobreviver a diversas fases, sob a sorte e a falta dela que nos unge os dias. De uma forma concisa eu poderia dizer que viver é uma sucessão de erros e acertos, de tropeços e saltos, afogamentos, resgates, onde só desfrutamos e valoramos as subidas depois que despencamos ladeira abaixo. E como toda história tem dois lados, na vida não poderia ser diferente. A gente só percebe a vitória e a derrota quando estamos no topo, ou no poço.

Não basta apenas sobreviver. Para viver é preciso sonhar

Não basta apenas sobreviver. Para viver é preciso sonhar

O que seria de nós, com todos os nossos medos, incertezas e angústias, sem o reconforto que a esperança nos dá? O viver não passaria de um purgatório sem saída ou uma prisão perpétua, a sensação indefinida de respirar por aparelhos. Uma tristeza profunda acomete os desiludidos e incrédulos, essa gente que vive dia após dia na passividade e aceitação do que a vida dá em doses homeopáticas. Seres desinteressados e desanimados, indiferentes com o amanhã, são miseráveis em sua escassez de paixão, de vontade… De viver. Só quem tem esperança é capaz de sonhar. E quem sonha, seguramente, é mais feliz!

Amores de fast food matam o coração

Amores de fast food matam o coração

Porque legal mesmo é sair traçando tudo o que se vê pela frente, deixando fluídos por aqui e acolá, espalhando sementes em terras úmidas sem a menor precaução e preocupação com o terreno alheio. Não se engane. A fome desvairada por provar todos os quitutes da festa passa, e o vazio que fica é um buraco tão fundo e tão escuro que vai desencadear meses de insônia e muito, mas muito arrependimento por ter sido tão permissivo.

Depois de você, nada, nunca mais, será como antes

Depois de você, nada, nunca mais, será como antes

Que curiosa é essa vida… Procuramos o amor feito cachorro farejando cheiro de comida, e muitas vezes ele está bem ali, na nossa cara, aonde sempre esteve. Não importa quantas trombadas se dá, quantos amores a gente inventa e finge que acredita. De nada serve a entrega com um pé atrás, nem a ilusão de colecionar corpos para substituir o amor verdadeiro. Uma vez colado, pregado, rejuntado e soldado na alma, nada nem ninguém é capaz de arrancar o grande amor de dentro da gente.

Uma dose de originalidade, por favor!

Uma dose de originalidade, por favor!

Não me leve a mal. Não é pessimismo meu, é só desânimo mesmo. Eu acredito que a culpa deve ser desse exército de pessoas que insistem em se parecer umas às outras, falando sempre as mesmas coisas de um jeito tão presumível quanto a programação de domingo na tv. Nada contra, mas… Por onde andam os imprevisíveis, os românticos incuráveis e declarados, os boêmios gaiatos, anedóticos de piadas impróprias, cidadãos do contra, almas às avessas?