“13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi” não vê motivo para retroceder tanto, ainda que explique a situação da Líbia neste começo de século 21. Michael Bay dá a sua versão para os eventos cheios de reviravoltas quase infinitas que atiraram o país no fosso de caos e infortúnio em que se encontra até então, sina que divide com a maioria dos países árabes do Oriente Médio.
Um olhar de lupa sobre um dos combates mais sangrentos dos Estados Unidos no Afeganistão, “Posto de Combate” nos leva, sob o olhar das câmeras, para uma base em Kamdesh. Localizada no centro de uma cadeia de montanhas, o local facilitava o ataque de inimigos e era o prenúncio de uma tragédia. Em 2009, a base ,que tinha 54 soldados americanos, foi atacada por um exército de 400 talibãs. A história do conflito é narrada neste filme emocionante e realista, que você precisa assistir.
Alegoria sobre tudo o que pode haver de mistério e luz, obscuridade e revelação na trajetória de um indivíduo e de todos eles, “Handia” opera quase sempre na faixa do que não se deixa ver. Os diretores Aitor Arregi e Jon Garaño usam esse componente, uma espécie de magia que paira um dedo acima da dureza da matéria, mas tão poderosa que determina a fortuna e a desdita dos mortais, indiferente a qualquer outro critério que não seja o do nosso invencível descompasso na Terra.
As chances de uma criança desaparecida retornar para casa 7 anos após seu sumiço são praticamente nulas. Mas em “A Próxima Pele”, suspense espanhol cujo título sugere que alguém está se passando por outros ou usando peles de outras pessoas, é um fascinante thriller sobre o retorno de um adolescente para casa, após um incidente misterioso que matou seu pai e o fez desaparecer por quase uma década.
Abusando da metalinguagem, o taiwanês Huang Hsin-yao faz de “Amigos da Escola” a confidência autobiográfica de um homem à cata do tempo perdido, assistindo à flor da vida murchar sem pressa, como convém a um oriental, ao mesmo tempo em que é tomado pela angústia de se saber inepto para qualquer coisa capaz de validar sua existência medíocre, uma vez que a morte não chega e seus fantasmas também seguem tão vivos quanto ele.
