Crônicas

As cinco maiores balelas que são ditas ao pé da cova

As cinco maiores balelas que são ditas ao pé da cova

Eis o Top Five das balelas que são ditas ao pé da cova, enquanto os canalhas descem ao forno da mansão dos mortos, para ocuparem canaletas justas obviamente preparadas para que de lá jamais escapem, ainda que alguém por eles clame, discurse e chore. Nesses casos — creiam — as lágrimas e as palavras não valem o defunto.

Não existe nada de óbvio na proibição da ‘cultura do estupro’ em nosso País

Não existe nada de óbvio na proibição da ‘cultura do estupro’ em nosso País

A pesquisa do IPEA, infelizmente, revela que o respeito à liberdade sexual da mulher, enquanto patamar inarredável do projeto de sociedade tolerante que o Estado Democrático de Direito visa a edificar, não é “fácil de ver”, não é “fácil de entender”, não é “fácil de descobrir”. Para a maioria da população brasileira, não “salta aos olhos”, não “salta à vista” que uma mulher não merece ser estuprada. Tampouco se pode considerar claro, manifesto, evidente que um dado aparentemente simples — como a roupa que se veste — não justifica a hediondez do sexo forçado, não consentido.

E se o amor pegar você, a culpa é sua

E se o amor pegar você, a culpa é sua

Cuidado. Quando você menos espera, ele vem e acerta você em cheio. Acontece do nada, sem aviso, a cada um de nós. De repente, uma avalanche desaba sobre a sua cabeça. É bom você se preparar. Depois, quando acontecer, não reclame. Sim, porque se o amor pegar você de jeito, a culpa será toda sua. Uma hora vem alguém e entra. Agora mesmo, em algum lugar insuspeitado há pessoas organizando passeatas, manifestações, protestos para bagunçar a ordem sisuda das coisas e esparramar amor pelas ruas.

“Você disse some e eu somei. Eu disse some e você sumiu”

“Você disse some e eu somei. Eu disse some e você sumiu”

A matemática do amor e dos relacionamentos em geral é complicada. Cada um de nós tem um jeito único de ver e entender as coisas. Encara as próprias equações e se atrapalha. Quando é pra somar, divide ou multiplica. Faz isso, conforme a quantidade de minhocas passeando nos neurônios recheados de esquisitices. Fato é que mora em nossas cabeças um perseguidor implacável. Ainda que o escondamos. O asfixiemos com as mágoas do coração. Finjamos ser ele nosso melhor amigo. O algoz existe e respira feroz.

Saudade até do que era pra ser e não foi

Saudade até do que era pra ser e não foi

Minha geração tem um cacoete: quem não morreu ficou velho. Mas não pense que minha geração é dessas que passam pela vida impunemente. Não. Minha geração é bicho feral. Minha geração disse a que veio. Não apenas disse, mas fez o que prometeu fazer: mudar o mundo. Olhe que não é uma tarefinha à-toa do tipo construir uma Transamazônica ou uma Ferrovia Note-Sul, que são obras de vulto, mas têm, até certo ponto, apenas impacto local. A nossa geração é maior: veio para mudar o mundo. E aprontou.