Plano B para não falhar na Hora H à procura do Ponto G

Plano B para não falhar na Hora H à procura do Ponto G

Ninguém é obrigado a tolerar os chiliques dos outros. Em termos psiquiátricos, o editor do jornal para o qual eu escrevia os meus panfletos era um completo analfabeto funcional. Insensível como uma urna funerária, ou melhor, insensível como uma urna eletrônica, o sujeito nunca me pareceu uma companhia confiável. Aliás, não entendia patavina sobre o processo criativo dos seus articulistas. Arrematou aquela joça pagando uma mixaria num leilão de massas falidas.

Apocalipse now

Apocalipse now

Diante da multiplicidade de horrores, misérias e falta de perspectiva em que a geração zero-zero está mergulhada, o confronto não assombra mais como no século passado. As guerras e as carnificinas são apenas mais dois itens, dentre tantos, no combo de ameaças à sobrevivência da espécie humana sob a face da terra. Putin e os outros três cavaleiros do apocalipse que o digam.

Filme com Colin Farrell e Noomi Rapace na Netflix te levará para dentro dele e fará 118 parecerem o resto de sua vida Divulgação / Frequency Films

Filme com Colin Farrell e Noomi Rapace na Netflix te levará para dentro dele e fará 118 parecerem o resto de sua vida

O dinamarquês Niels Arden Oplev saca do mais oculto de suas percepções o que pensa de Nova York e projeta tudo quanto sente em “Sem Perdão” (2013), thriller policial que canta a beleza suja da megalópole das megalópoles, não exatamente pelos critérios matemáticos, que asfixiam a pulsão de vida que há em cada coisa — e rapidamente se contrapõe a outra pulsão, a de morte —, mas por condensar em si tudo o que interessa exaltar e repelir no homem.

Novo filme argentino na Netflix mistura Hitchcock e Tarantino e vai te fazer rir, mas também te perturbar

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O passado pode virar um grande problema quando insiste em não passar. A vida nos impõe mudanças, e enquanto elas não vêm todas de uma única vez, parece que viver não faz sentido. O diretor argentino Nicolás Goldbart emprega um argumento um tanto gasto para acentuar a ideia de completa irracionalidade por trás das impressões do personagem central de “O Sistema K.E.OP/S”, um homem perturbado e que não se conforma em ser títere num espetáculo tenebroso.