Autor: Anna Flávia Leite de Morais

Em vez de mais um ranking ditado por algoritmos e campanhas de marketing agressivas, a “Revista Bula” decidiu ouvir quem passa o ano inteiro em salas de cinema, festivais e links de cabine. A partir de listas parciais de melhores do ano, resenhas entusiasmadas e menções recorrentes em veículos como “The New York Times”, “The Guardian”, “Le Monde”, “El País”, “Variety” e “Sight & Sound”, entre outros, chegou-se a um núcleo duro de cinco filmes da “Netflix” lançados em 2025 que realmente mobilizaram a crítica internacional.

O Globo de Ouro continua a funcionar como sinal antecipado da temporada de prêmios e, em 2026, confirma o peso do streaming na disputa. A Netflix volta a aparecer com destaque entre os indicados, com filmes que conversam tanto com o público amplo quanto com associações de imprensa e crítica internacional. Para quem acompanha o noticiário de entretenimento, observar esses filmes significa acompanhar também ajustes de rumo da indústria, mudanças de preferência e novas formas de buscar prestígio no circuito de premiações. Essas escolhas ajudam a desenhar o ano seguinte.

Entre tiros de revólver, poeira de estrada e códigos de honra nada flexíveis, o faroeste continua encontrando espaço na rotina de quem busca histórias diretas, conflitos claros e personagens que lidam com culpa, justiça e sobrevivência em cenários quase sempre hostis. Nesta lista, o gênero aparece em versões clássicas e recentes, com filmes que usam duelos, perseguições e disputas por terra como pano de fundo para discutir relações de poder, perda e desejo de recomeço em um mundo que parece sempre à beira do colapso, sem promessas de redenção fácil.

Em meio à correria da semana, poucas coisas competem com o prazer de desligar o noticiário e se concentrar em bons filmes recém-chegados ao streaming. As estreias de hoje na Netflix oferecem justamente essa pausa possível: narrativas que cruzam aventura, fantasia e comédia, conversam com diferentes idades e cabem tanto na noite solitária quanto no sofá cheio. Entre criaturas lendárias, cães em jornadas extremas e salas de museu que ganham vida, a tela vira ponto de encontro para conversas nos próximos dias, em casa, sozinho ou ao lado de amigos.