Crônicas

Nossa lingerie jamais será vermelha

Nossa lingerie jamais será vermelha

Não que esse pessoal da esquerda não goste de um animado clima de prostíbulo, mas, o que tinha de patriota dentro daquele bordel era uma verdadeira festa. Alguns tinham acabado de chegar da capital federal, onde invadiram, pilharam e depredaram palácios. Até o pai de família que houvera defecado sobre o brasão da república durante a diarreica insurreição dos golpistas — em nome de Deus e da família — estava presente no local.

Adeus, sua majestade!

Adeus, sua majestade!

No Casseta & Planeta nós sempre recebemos convidados para gravar com a gente. Além de chamar mais público para o programa, era legal bater papo nos bastidores e depois contracenar com os famosos. E, principalmente, era uma boa chance de se conseguir fotos exclusivas ao lado de gente famosa sem ter que empurrar as pessoas em volta ou encher o saco do astro.

Anotai as metas para o ano novo nas pétalas de uma rosa

Anotai as metas para o ano novo nas pétalas de uma rosa

Reza assim o meu canteiro, ainda a ser cultivado — se tudo correr bem, será por mim beatificado: Metas para o ano que se inicia. Salvar um leão por dia. Matar a saudade com requintes de humanismo. Nadar, nadar, nadar e renascer numa praia, como um homem livre. Ler um livro de poesia por mês. Entregar amor no atacado. Comer o pão que a vovó amassou. Afundar uma nova igreja, com as bênçãos de Deus. Deificar o sol, num rompante saudosista; vê-lo nascer quadrado na janela do quarto da moça que ressona ao meu lado. Morrermos felizes para sempre, como o trema