Ideias

Contra Temer e em defesa dos vampiros

Contra Temer e em defesa dos vampiros

A patrulha ideológica Nutella é o mal do século. Se o mal do século 19 foi a solidão, o mal do século 20 foi a incomunicabilidade (ou o Menudo? Estou em dúvida!), o mal do século 21 é o sujeito entrar no seu perfil das redes sociais te cobrando posicionamento, engajamento, sentimentos e outros (ju) mentos assim. Parece que ninguém mais tem o direito de ser cínico, iconoclasta ou, simplesmente, alienado.

16 conselhos inúteis (e gratuitos)

16 conselhos inúteis (e gratuitos)

Preste atenção às fisionomias. Durante uma negociação, o olhar muitas vezes trai e desmente o discurso. O observador atento tira a média entre os dois e se aproxima das intenções do interlocutor. Suspeitar e desconfiar de alguém são as coisas mais fáceis do mundo; decifrar e compreender as pausas, olhares, tiques nervosos, parênteses e entrelinhas, isso dá trabalho.

Sete lições que viagens podem nos ensinar

Sete lições que viagens podem nos ensinar

Não faltam razões ou motivos para viajar. Viajantes exploram inúmeras partes do mundo. No entanto, as recompensas dessas jornadas nem sempre ficam registradas apenas em fotografias. Elas são oriundas de processos internos complexos e significativos. Conhecer novos lugares e culturas é uma das mais agradáveis experiências que o ser humano pode vivenciar. Significa mergulhar num universo amplo, distinto, surpreendente.

Mississippi: eu, Faulkner e Jack Daniel’s

Leio e releio Faulkner constantemente, é faina para a vida toda. Se vocês não seguem essa dieta, estão perdendo um dos pontos altos da humanidade (Faulkner, aquedutos romanos, decisões da Suprema Corte americana, Capela Sistina, suítes de Bach para violoncelo, filmes de Sergio Leone, Ava Gardner, dribles do Garrincha, essas coisas): o homem vivia meio encharcado no seu estranho Deep South e ainda assim nos deixou uns três ou quatro romances que estão entre os melhores já escritos.

Por que Romero Britto é o Paulo Coelho das artes visuais

Romero Britto é pastiche porque imita uma concepção estética superada. Apropria-se dos códigos visuais da Pop Art, especificamente de um pintor que ele admite colecionar: Roy Lichtenstein, talvez o artista pop mais importante depois de Andy Warhol, para o qual a mensagem social não tinha importância, mas que se preocupava em problematizar a própria técnica.