Ganhador do Oscar, um dos filmes mais encantadores da história do cinema está na Netflix
No limite, Gil Pender, outro dos inúmeros alter egos com que Woody Allen examina-se a si mesmo — e na medida em que o faz, estende sua psicoterapia íntima a todos quantos assistem a seu filme —, está prestes a renunciar a tudo. Em “Meia-noite em Paris”, seu 41º trabalho, Allen, um dos diretores mais fecundos do cinema, pontifica que, se viver é quase sempre um desafio, tanto melhor se o encararmos como uma sequência de excelentes possibilidades quanto a absorver cada uma das muitas lições que a vida não se cansa de nos dar.