Filmes

“O Cântico dos Nomes”, de François Girard é um filme canadense baseado no livro homônimo de Norman Lebrecht sobre um jovem músico prodígio, de origem judaica, que desapareceu sem comparecer na noite de seu primeiro concerto internacional. Um filme que remonta as lembranças angustiantes do Holocausto, é preciso uma alma sensível para apreciar a delicadeza e sensibilidade desta produção.

Os atentados terroristas de 11 de setembro chacoalharam o mundo e se tornaram parte importante na construção da história política global no século 21. Quem estava vivo e consciente naquela data se recorda até hoje da tensão que parou o mundo com imagens ao vivo das torres do World Trade Center, em Nova York, sendo atingidas por aviões, em chamas e, posteriormente, desabando para se tornarem pó na cidade mais cosmopolita do mundo. As investigações que se sucederam para procurar o cérebro por trás dos ataques que culminaram em milhares de mortes são contadas por meio do thriller fantástico de Kathryn Bigelow, “A Hora Mais Escura”.

É na corda tênue entre a pureza do amor e a rispidez de seus aspectos práticos — coroados pelos reveses que sempre soem pegar-nos a todos no contrapé do ramerrão do cotidiano —, que Marta Minorowicz equilibra o seu “Delírio”, crônica sobre o malogro de um casamento a que tem a ousadia de acrescentar elementos de fino suspense, deixando mais pesadas as máscaras sob as quais se refugiam seus personagens.

O submundo do crime exige certa medida maior de arrojo, muito mais que nas atividades protegidas por leis e estatutos, ou seja, sobressair é difícil e se manter vivo — metafórica e literalmente — é só para os que têm sangue de predador correndo nas veias. Muito mais que em qualquer outro ramo, aquele que aspira ao sucesso em atividades extralegais precisa deixar que venha à tona um lado cinzento, reprimido na personalidade de quem trabalha honestamente.