Filme português na Netflix leva o espectador para dentro dele e o transforma em personagem
A protagonista de “Mar” (2018), da portuguesa Margarida Gil, transita entre dois universos: quer se refazer, se reinventar, tornar a algum pedaço agora desconhecido de sua história tão fragmentada, ao passo que é absorvida por suas mágoas, pela dor de se reconhecer pequena, impotente, vulnerável a ataques perpetrados por si mesma, como se vítima de um mal físico que sabota o organismo que lhe dá guarida, e este por seu turno rapidamente ergue uma poderosa muralha de defesa.