Catando os cacos do Catar Foto / Wagner Vilas

Catando os cacos do Catar

Para mim, a explicação para a derrota para a Croácia é simples: ela está no nome dos jogadores croatas. Todos os croatas têm o nome terminado em “ic”. A gente só decorou o nome do Modric, mas sabe que os outros também são Fulanovic, Sicranovic e Etceteravic. Mas a gente aqui no Brasil fala essa terminação “ic” como se fosse ite, então falamos Modrite, Jogadorite, Atacanterite, por aí. E, pouca gente percebeu, mas nós também tínhamos o nosso croata no banco. Era o Tite, que em croata também deve ser escrito com o final “ic”.

Ficção científica surpreendente da Netflix vai provocar abalos sísmicos no seu cérebro Divulgação / Netflix

Ficção científica surpreendente da Netflix vai provocar abalos sísmicos no seu cérebro

O cinema não foi feito para quem tem muito apego à realidade, embora existam muitos filmes que expressem a vida como ela é. O cinema, embora nos faça refletir sobre o mundo, as diferenças, as adversidades e soluções que devemos tentar encontrar, é também um lugar de fuga da realidade, de encontro com nossos sonhos mais profundos. Nesta ficção-científica de Oriol Paulo, o espectador será conduzido por uma história mirabolante, mas muito interessante e surpreendente, que merece seu tempo.

Coetzee e a barbárie

Coetzee e a barbárie

No acervo da Netflix, uma das peças mais interessantes é o filme “Esperando os Bárbaros” (2019), de Ciro Guerra. As estrelas Johnny Depp e Robert Pattinson são chamarizes de público para a adaptação de um dos melhores romances do final do século 20: “À Espera dos Bárbaros” (1980), do sul-africano J.M. Coetzee, ganhador do Nobel de Literatura em 2003. Ver a versão para o cinema é a via de acesso a um universo que herda questões centrais para as artes, o pensamento e o mundo contemporâneo.

Como escrever um best-seller 

Como escrever um best-seller 

Em outra perspectiva autoral, recomenda-se a perspectiva temática de obras literárias, que abordem as peripécias de feiticeiras, magos, gnomos, fadas e duendes, a fim de que se seduzisse o público consumidor, ávido por esvaziar as prateleiras repletas de esoterismos e espiritualidade. Eis o estrondoso êxito comercial do espólio do bruxo carioca Paulo Coelho e da saga de Harry Porter, cujo sucesso fez uma escritora até então endividada obter patrimônio mais significativo do que o da rainha da Inglaterra, Elizabeth II. Em terceiro plano, caso não haja talento para autoficção ou esoterismo, peço que aposte todas as fichas do jogo ficcional nos registros que abranjam os conflitos étnicos e de gênero.