Ignorada pela crítica, obra-prima com Richard Gere acaba de estrear na Netflix e vai te intrigar por semanas Divulgação / IFC Films

Ignorada pela crítica, obra-prima com Richard Gere acaba de estrear na Netflix e vai te intrigar por semanas

Jon Avnet fala de sonhos como poucos. Existe no trabalho do diretor um ímpeto qualquer por tentar conhecer os becos escuros da mente humana, identificando possíveis explicações para os desvios que insistimos em tomar. Em “Três Cristos”, Avnet mantém uma espécie de compromisso com seu público quanto a de esmiuçar por ele o que seus personagens têm a esconder, colocando tudo em pratos limpos, sem meias verdades.

Entre os mais esperados do ano, filme que acabou de chegar à Netflix é um dos favoritos ao Oscar 2023 Rodrigo Jardon / Netflix

Entre os mais esperados do ano, filme que acabou de chegar à Netflix é um dos favoritos ao Oscar 2023

Um dos filmes mais aguardados de 2023, “Bardo, Falsa Crônica de Algumas Verdades”, de Alejandro González Iñárritu é um compilado de imagens inspiradas por memórias, reflexões e visões do futuro. Caótico, turbulento, visceral e agridoce, é como se o cineasta arrancasse do peito algumas de suas maiores dores, inseguranças e temores e os esfregasse na tela para seus espectadores. Se para alguns, a obra será considerada a mais genial de sua carreira, não há dúvidas de que para outros tantos, será estigmatizada como um projeto extravagante e pedante. Uma coisa é inegável: essa produção tem algum valor artístico, mas apenas a história e o tempo dirão sua proporção.

Instituto Machado de Assis: afinal, para que(m) serve a Literatura?

Instituto Machado de Assis: afinal, para que(m) serve a Literatura?

Em seu ensaio intitulado “O direito à Literatura”, o crítico literário Antonio Candido adverte que a arte literária corresponderá a uma espécie de necessidade universal que há de ser respeitada, sobretudo porque liberta o indivíduo do caos; e, portanto, humaniza-o. Neste contexto, caber-se-ia a indagação a respeito da utilidade prática da Literatura, na gênese de uma sociedade contemporânea pautada pelos dogmas e preceitos da pós-modernidade deste século 21.

Manoel de Barros 106 anos: filme na Netflix faz uma retrospectiva encantadora da vida do poeta que morreu em 2014 Divulgação / Lucas Barros

Manoel de Barros 106 anos: filme na Netflix faz uma retrospectiva encantadora da vida do poeta que morreu em 2014

Uma das figuras mais reverenciadas e controversas da poesia nacional, Manoel de Barros (1916-2014) deixa-se estudar pela curiosidade do público em geral, representado pelo diretor pernambucano Pedro Cezar, um seu admirador confesso, em “Só Dez Por Cento é Mentira” (2010), retrospectiva da vida de Barros e o impacto de sua obra — popularizada tardiamente, quando já contava 72 anos, com a ajuda providencial de Millôr Fernandes (1923-2012) em sua coluna no finado “Jornal do Brasil” — no quase sempre monótono cenário cultural brasileiro.