Autor: J.C. Guimarães

Os loucos manejam as armas, e nós assistimos

Os loucos manejam as armas, e nós assistimos

Guerras matam pessoas e destroem países inteiros, podendo ser interpretadas como terrorismo oficial, de Estado: suas consequências não diferem em nada da ação terrorista de grupos como Al Qaeda, sendo discutível se os exércitos de fato servem às nações ou a grupos econômicos. Em compensação, as guerras dão enormes lucros para grupos e indivíduos, alguns especializados na compra e venda de armas.

Um quadro abstrato tem o poder de um romance

Um quadro abstrato tem o poder de um romance

Diferentemente do ficcionista, o pintor não precisa de elementos estranhos à forma: em geral a pintura concreta (ou abstrata) prescinde de qualquer motivo exterior para existir. Não depende de pessoas circulando no quadro: depende apenas de linhas, cores, espaço, sem nada representar. Sim, a pintura pode contar uma história, como fazia Diego Rivera. Mas também pode ser um mundo autônomo, regido pelas próprias leis.

Ensaios da terceira guerra

Ensaios da terceira guerra

Nunca, desde 1963, quando houve a chamada Crise dos Mísseis em Cuba, o mundo esteve tão próximo de uma Terceira Guerra Mundial. Naquela época os soviéticos é que planejavam instalar uma base de lançamentos no país vizinho dos EUA. Claro, John Kennedy não deixou. Agora a Ucrânia, com pretensões ainda de integrar a aliança militar ocidental, virou a Cuba de Vladimir Putin.

A arte brasileira é tão boa quanto a de qualquer outro país Encontro (1924), de Lasar Segall

A arte brasileira é tão boa quanto a de qualquer outro país

Mas afinal: a arte de alguns países é melhor do que a arte de outros? O que parece ser uma pergunta tola pode revelar muito sobre a maneira com que os mecanismos ideológicos do circuito cultural funcionam, e para tais circuitos a resposta implícita em seu modus operandi é sim. Sabemos de antemão que, como em outros casos, pretende-se que haja uma arte de centro e uma arte de periferia.

Não Olhe para Cima: nem meteoros conseguem extinguir os imbecis

Não Olhe para Cima: nem meteoros conseguem extinguir os imbecis

“Não Olhe Para Cima” (2001) é um filme da Netflix sobre débeis mentais poderosos cuja paranoia permite que um cometa caia na Terra e cause a extinção da humanidade. Sim, a loucura foi inspirada no mundo real. E, para ser ainda mais fiel ao hospício, salva-se apenas um pequeno grupo de canalhas: políticos e empresários que se safam pelo espaço pouco antes que o cometa liquide o restante da espécie, que deveriam proteger.