“Leonera” é um drama argentino que estreou no Festival de Cannes, onde foi aclamado pela crítica, e se tornou a principal submissão da Argentina ao Oscar de 2009. Dirigido por Pablo Trapero e gravado em prisões reais do país, o longa-metragem acompanha a rotina de uma mãe condenada por homicídio e que cria seu filho dentro da cadeia precária, após um crime confuso, caótico e sangrento.
Diante da ampla variedade de filmes no catálogo da Netflix, escolher um pode se tornar um desafio, devido à quantidade de opções disponíveis. Com isso em mente, a Revista Bula compilou uma lista com dez longas-metragens que oferecem uma experiência cinematográfica envolvente. A particularidade desta lista não se baseia apenas na popularidade ou nos resultados de bilheteria dos filmes. O critério adotado é mais complexo: a capacidade desses filmes de envolver o espectador na narrativa, criando uma conexão significativa com a história.
Quando do lançamento de “Elefante Branco”, a Argentina começava a sanear suas contas num moroso processo de austeridade fiscal, pensado de forma a estancar a sangria da desaceleração econômica. O efeito instantâneo, claro, é aquele que a frieza das estatísticas não capta, e é aí que o filme de Pablo Trapero quer chegar.
Incorporando de vez sua porção destacadamente obscura, Sadik Öcal, o protagonista do filme que inaugura a história, capta com gosto o elemento desconhecido que atraiu sua natureza para a desdita inevitável, e em “10 Dias de um Homem Mau” entrega-se à nuvem de acontecimentos sem explicação que o cerca e o obriga a tomar atitudes que até então julgava inadmissíveis.
Nunca se pode deixar de ter claro que “Rocketman” dá muito mais ênfase ao lado musical que a sua natureza de registro documental, isto é, deve-se absorver tudo o que Elton John canta pela boca de Taron Egerton e rejeitar grande parte do que a narrativa vende como a trajetória do astro e a jornada do homem. Dexter Fletcher, diretor do filme, um musical livremente (e bota livremente nisso!) inspirado na vida do músico, se propõe a falar da vida e da obra de seu biografado, por evidente, mas do seu jeito. E não se contenta só com isso.
