Tolstói nos ensina que ficção não se faz apenas de frases brilhantes: um lugar comum estrategicamente colocado no texto pode esconder um segredo, ou até mesmo o sentido, de uma trama inteira. Porque a frase em questão dimensiona até que ponto determinado conteúdo absorve Ivan.
Devagar se vai ao longe. Tenho pressa. Tanta pressa embota os meus sentidos. Não tenho sentido muito mais do que saudades do moço que um dia eu fui, apesar da frivolidade, da ingenuidade e da típica prepotência juvenil. Prefiro um mancebo arrogante do que um velho cínico.
A infância com os avós é a nossa melhor lembrança. Quando penso na menina que fui, ouço as gargalhadas do vovô e as músicas da vovó — e me sinto bem. Todas essas memórias de amor e carinho são de um tempo que nunca mais voltará; mas, também, é um tempo que nunca foi embora. É que nossos avós não morrem: eles vivem na nossa saudade.
Haruki Murakami é um dos maiores nomes da literatura mundial. Uma das características mais fortes em sua escrita é a citação de músicas em seus textos. O jornalista britânico Scott Meslow criou uma playlist inspirada nas obras de Murakami, com mais de 90 músicas, e a Revista Bula disponibilizou a seleção no Spotify.
Algumas tramas são tão complexas que confundem totalmente os espectadores. Para aqueles que gostam de longas desse tipo, a Bula reuniu em uma lista 12 filmes que são verdadeiros quebra-cabeças e perturbam a mente dos telespectadores.