Woody Allen é dono de um humor peculiar e excêntrico e capaz de transformar obscuridades da alma e da vida em comédia. Pessimista nato e frequentemente neurótico, sua personalidade é característica de seu humor, que tanto se reflete em seus filmes e livros. Seu tipo de comédia é enormemente influente em novos artistas. “Meia-noite em Paris”, diferentemente de outras de suas obras, é mais sonhadora, carismática e alto-astral. O longa-metragem narra uma viagem no tempo de seu protagonista, que encontra figuras icônicas do cinema, literatura e das artes.

“Amor com Fetiche” dobra a natureza mais óbvia de temas como sexo, amor, perversões, taras e o conceito pouco firme de certo ou errado por trás de todos eles. Visões deterministas sobre assunto tão complexo são particularmente arriscadas; entretanto, a sul-coreana Park Hyun-jin não foge à máxima que categoriza os asiáticos como um povo bastante aberto a inovações de toda ordem.

A obsessão de Nicholas Van Orton chega às raias da loucura. O homem poderoso e solitário vivido por Michael Douglas, outra de suas grandes composições nessa categoria, parece congelado num tempo morto, e a exibição de imagens envelhecidas com o uso de um projetor, dão uma pálida medida do quão infeliz é. Certeiro como sempre, David Fincher expõe em “Vidas em Jogo” algumas de suas elucubrações acerca da violência surda da vida, que tritura sonhos com toda a placidez. Quando nos damos conta, passaram-se séculos numa única tarde, e só então vem a certeza que assombra a vida de todos.

“A Intrometida” é um filme baseado na relação da diretora e roteirista Lorene Scafaria com sua mãe. Com a morte do pai, ela percebeu que as duas encararam a tragédia de formas bem diferentes e isso a inspirou nesta produção. O enredo gira em torno de Marnie (Susan Sarandon), uma mulher que se muda de Nova Jersey para Los Angeles para ficar mais perto da filha, depois da morte de seu marido.