Síndrome de Dom Quixote
A partir da publicação da obra seiscentista “O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha”, de Miguel de Cervantes, a tradição ocidental diagnosticou que, quem estivesse apto a consumir narrativas de ficção, encontrar-se-ia na iminência de se tornar um sério candidato aos surtos patológicos de insanidade (ou alienação). Em consequência deste equivocado laudo anti-leitura, de forma rudimentar e retrógrada, a Literatura passou a ser uma espécie de inimiga pública número 1 da lucidez da humanidade.