Duna, de David Lynch, está na Netflix e tem qualidades que a versão de Denis Villeneuve não tem
Há críticos que se especializam em apontar os possíveis defeitos de uma obra de arte — os mais competentes chegam a fazer fortuna valendo-se desse expediente —, inclusive as realizadas há décadas, sem, contudo, atentar para um detalhe fulcral: o mundo nunca é o mesmo. Em “Duna” (1984), o cineasta David Lynch trata de expor as mazelas do homem numa distopia que aborda a necessidade do uso de entorpecentes para muitos, a eterna luta entre o bem e o mal, a ânsia por se afirmar. O filme de Lynch, a ser conferido na Netflix, não perde importância com a versão de Denis Villeneuve para a história de Frank Herbert, pelo contrário.