Recordista de bilheteria, filme com Tom Cruise, na Netflix, não te deixará piscar Divulgação / Universal Pictures

Recordista de bilheteria, filme com Tom Cruise, na Netflix, não te deixará piscar

Tom Cruise é um dos atores mais sortudos, talentosos e prolíficos de Hollywood. Praticamente tudo que ele se propõe a fazer é bem-feito e faz sucesso. Seu papel em “Oblivion” não é um de seus mais conhecidos, mas deu muito certo e tem boa avaliação da crítica. O filme de ficção-científica fala de um futuro distópico, em que a Terra foi devastada após uma guerra com seres-extraterrestres, denominados de “saqueadores”.

Isolados em uma estação espacial, Jack Harper (Cruise) e Vika (Andrea Riseborough) foram designados por forças maiores para viver como um casal e trabalhar juntos no conserto de drones danificados por saqueadores no devastado Planeta Terra. Jack sonha todas as noites com uma mulher misteriosa, que ele não sabe quem é. Com saudades da vida pré-apocalíptica, ele não está tão convencido e satisfeito com a ideia de que em algumas semanas eles irão partir para um novo planeta, onde o que restou da humanidade está se restabelecendo.

Jack e Vika são aparentemente o casal perfeito, até eles encontrarem uma cápsula contendo uma humana, Julia (Olga Kurylenko). Quando ele se depara com a mulher, fica perplexo ao notar que é aquela pessoa que aparece em seus sonhos. Julia pede para que Jack a acompanhe até sua nave para que ela recupere as gravações que contém o que houve nos últimos minutos em que esteve acordada.

Acontece que quando eles recuperam a espécie de caixa-preta da nave de Julia, as cortinas se abrem e o mundo como Jack conhecia se revela uma farsa. Aos poucos, mistérios sobre seu passado e sobre o que realmente ocorreu no planeta são esclarecidos.

Tom Cruise aparece, como sempre, muito competente em realizar suas cenas de ação. Piloto profissional e especialista em aeronaves, ele participou, durante a pré-produção, do desenvolvimento e design das naves do filme. Embora seja sci-fi, o filme não tem um enredo tão complexo e denso como de costume no gênero. Ou seja, é um longa-metragem que todo mundo pode assistir e gostar.

Por ter muitas cenas de ação, “Oblivion” também é competente em entregar entretenimento e diversão. Mas não se engane. Nem por isso há cenas de humor ou um roteiro bobo e fútil. Embora mais de Vika pudesse ser explorado, assim como o tema de pertencimento e identidade, que quando finalmente começa a se aprofundar é interrompido pelo seguimento da trama. Mas é compreensível. Provavelmente o criador e diretor da história, Joseph Kosinski, quis que seu filme fosse mais acessível.

O roteiro de “Oblivion” é baseado em uma história em quadrinhos de Kosinski, que ele criou em 2005, mas jamais publicou. Gravado na Islândia, onde a equipe de filmagens permaneceu por dez dias nos quais não houve noite, o diretor quis, ao contrário de outros filmes do gênero, como “Blade Runner”, transformar a luz do dia na marca deste sci-fi.

Outra informação relevante, é que a produção chegou a pertencer à Disney durante um tempo, mas após considerar a quantidade de mudanças que deveriam ser feitas para que se enquadrasse na faixa etária geral, o estúdio abriu mão do projeto, que foi comprado pela Universal Pictures. Além de Cruise e a indicada ao Oscar de melhor atriz em 2023, Andrea Riseborough, o longa-metragem também conta com atuações de Morgan Freeman e Nikolaj Coster-Waldau.


Filme: Oblivion
Direção: Joseph Kosinski
Ano: 2013
Gênero: Ficção-Cientifica/Ação
Nota: 8/10