Autor: Alexandre Flores Alkimim

O conceito de Deus em Baruch Spinoza

O conceito de Deus em Baruch Spinoza

De uma teoria que não compartilha da ideia de um Deus autocrático, que controla a tudo e a todos, e que se refugia em algum ponto distante da abóbada celeste — segundo a crença comumente aceita e bastante difundida, sobretudo entre os povos e as civilizações de origem indo-europeia. Motivo pelo qual, o filósofo Spinoza expôs, assim, em sua obra, a sua definição — considerada por ele a mais adequada —, de Deus, em contraposição a todas as doutrinas e dogmas religiosos até então existentes.

A última entrevista de Nelson Rodrigues

A última entrevista de Nelson Rodrigues

Aos 66 anos de idade, morando em um apartamento em Copacabana, de frente à avenida Atlântica, o velho Nelson apresenta-se com o mesmo tom debochado e exagerado de sempre. Impondo a sua presença e aquele seu jeito peculiar e característico de se expressar e de se fazer entender: olhar insondável e apático; voz grossa e embolada; gestos vagarosos e ornamentais como os de um peixe colorido num aquário.

A Fenomenologia de Edmund Husserl

Edmund Husserl, em seu livro “Meditações Cartesianas”, define o seu método fenomenológico como uma espécie de neocartesianismo. Isto porque, ele retoma duas questões consideradas essenciais quando o assunto é a modernidade filosófica e o seu principal representante, René Descartes, tais quais: o questionamento de tudo aquilo que é tido como certeza imediata, a exemplo de alguns pressupostos e crenças (sensoriais e/ou imaginativas) encaradas como verdades inabaláveis; e o surgimento do sujeito como base segura e fonte primeira de todo conhecimento.

A importância da imaginação para o pensamento

Aristóteles, em seu livro “De Anima”, estabelece que o homem é um animal dotado de algumas faculdades, consideradas por ele como especiais, sendo elas a imaginação e o intelecto. Dito de outro modo, para o filósofo grego, a base de todo o conhecimento humano provém da sensibilidade, já que o intelecto precisaria, portanto, de tal elemento, para se atualizar e se tornar inteligível. Sendo assim, a abstração se daria por meio da percepção sensível, ou seja, os elementos fornecidos pelos sentidos (visão, tato, audição, paladar e olfato) seriam o substrato do qual a inteligência se utilizaria para efeito de constituição de um saber, ligado à materialidade e às coisas do mundo.

O amor romântico à luz da filosofia de Jean-Paul Sartre

Segundo a abordagem de Jean-Paul Sartre, na relação amorosa o amante é pura fuga de si-mesmo em direção ao outro, no qual a liberdade daquele constitui-se como objeto para este. É, na verdade, uma recusa da pessoa que ama em reconhecer-se sujeito, alienando-se do seu papel enquanto indivíduo detentor de uma subjetividade. Em outras palavras, o ser-que-ama coloca-se para o outro como aquele que se compromete inteiramente e se experimenta como uma simples coisa a ser “possuída”, “apropriada” por uma transcendência absoluta que lhe fundamenta e lhe confere sentido.