Livros

60 anos sem William Faulkner

60 anos sem William Faulkner

Nem todos os romances de Faulkner são de alta qualidade, mas “O Som e a Fúria”, “Enquanto Agonizo” (o preferido de Harold Bloom), “Luz em Agosto” e “Absalão, Absalão” merecem figurar em qualquer lista de melhores livros de todos os tempos. Mesmo romances menores, como “Os Invictos” e “Sartoris” superam, de longe, a literatura beat — a que fez mais dieta de qualidade nos Estados Unidos. Não são, evidentemente, obras escritas por um fazendeiro… comum.

Atração da literatura pelas quatro estações

Atração da literatura pelas quatro estações

Outono, inverno, primavera e verão são mais do que períodos climáticos ao longo de 12 meses. As quatro estações transformaram-se em mitos para explicar sentimentos e estados de espírito do mundo moderno em mutação e de difícil compreensão. Há uma recente onda de escritores contemporâneos seduzidos pelos quartetos que organizam séries de romances e de obras híbridas (memórias e ficção): o norueguês Karl Ove Knausgard, o cubano Leonardo Padura e a escocesa Ali Smith.

Robert Aickman é o escritor mais estranho que você poderá ler algum dia Ida Kar / National Portrait Gallery

Robert Aickman é o escritor mais estranho que você poderá ler algum dia

Inédita em nosso país, parte da obra de Robert Aickman foi lançada recentemente no Brasil com o título “Repique Macabro e Outras Histórias Estranhas”. São contos, principal gênero cultivado pelo autor inglês descoberto pela editora Ex Machina, de Bruno Costa, em parceria com o sebo Clepsidra. Antes dele haviam lançado a melhor edição nacional de H. P. Lovecrat e depois outro mestre do “horror cósmico”, Algernon Blackwood.

O retorno do romance “Em Liberdade”, de Silviano Santiago Foto: Companhia das Letras

O retorno do romance “Em Liberdade”, de Silviano Santiago

Em tempos fora dos eixos, vem a calhar a nova edição do romance “Em Liberdade” (1981), de Silviano Santiago. Quando foi lançado, o livro causou um assombro. O autor já era um dos mais renomados críticos literários do Brasil e um professor universitário com trânsito internacional. E o que era aquela obra? Nada mais, nada menos, do que um diário fictício como se o narrador fosse o escritor Graciliano Ramos, contando o que se passou num período curto de sua vida após sair da prisão.