Filmes

As pessoas podem não ser exatamente o que esperamos que sejam, mas isso não significa que elas sejam apenas preto no branco. Não há monocromia quando se trata de personalidade, caráter, conteúdo. Somos feitos de um monte de histórias, algumas boas e ruins. Neste filme sueco de Mårten Klingberg vemos exatamente isso, protagonistas humanizados e que não são colocados em pedestais. São apenas pessoas falhas e normais e isso é refrescante quando somado a algum humor e uma pitada de drama.

A gente sabe que a maioria das pessoas vivem muito ocupadas com trabalho, estudos, academia, família e outras coisas inegavelmente importantes. Mas se você está decidido a guardar um pouco do seu tempo para espairecer, aliviar a mente das obrigações e simplesmente curtir o momento, aqui estão alguns filmes da Netflix que você não pode deixar de ver.

Shane Black ficou milionário aos 26 anos depois de ter obtido a chancela de público e crítica especializada do roteiro de “Máquina Mortífera (1987)”, dirigido por Richard Donner (1930- 2021). Em “Dois Caras Legais” (2016), o roteirista passou à ambivalente condição de diretor e parece muito à vontade para fustigar tantos chavões de enredos que se repetem ad aeternum e ad nauseam, elaborando um dos trabalhos mais criativos que o cinema já produziu.

É sempre refrescante assistir produções em que as mulheres vão além dos estereótipos. Em “Enola Holmes 2”, de Harry Bradbeer, as personagens femininas vão tomando cada vez mais espaço até se tornarem as peças centrais de todos os quebra-cabeças. Além de engraçado, o filme nos envolve em sua trama de mistério e nos entrega respostas mais inteligentes do que esperamos.

Eduardo Casanova parece inclinado a dar sua contribuição sincera ao eterno e sempre inadiável debate acerca da relevância da arte atrelada a valores estéticos. “Peles” (2017) é um festival de tipos grotescos, saborosos pelo que querem representar de legitimamente controverso, discussão espinhosa que não raro degringola em intolerância e se estende pelos anos, dificultada pelo preconceito e pela indigência intelectual.