Uma produção de Steve McQueen, “As Viúvas” é um filme mais dentro do estilo “mainstream” do diretor britânico, normalmente conhecido por suas produções cults, intelectualmente relevantes, dramáticas e contemplativas. Eu diria que este longa-metragem é um híbrido, pois mistura explosividade de Hollywood com a elegância de uma atuação feminista que só Viola Davis poderia nos presentear.

Talvez artistas sejam particularmente suscetíveis àqueles momentos em que a vida passa a oscilar — muito mais para baixo que para cima —, arrebatada pelo movimento que ela mesma dispara e que não é capaz de sofrear. Esse é um dos argumentos de que Rachel Winter dispõe em “Aquilo Que Nos Separa”, sem pesar a mão ou glamourizar eventuais falhas de seu excêntrico protagonista, um roqueiro das antigas, refém de uma glória restrita a tempos mortos.

A Revista Bula preparou uma seleção de filmes que acabaram de chegar ao catálogo da Netflix. Na lista, apenas obras-primas do cinema, aclamadas por crítica e público. Entre elas, a nova edição da terceira e última parte de “O Poderoso Chefão”, de Francis Ford Coppola, em comemoração ao 30º aniversário do filme. Os títulos disponíveis na Netflix estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.

O espanhol Oriol Paulo tem tarimba em apresentar narrativas em que a audiência se questiona sobre o que pensa estar absorvendo da história, tão densa a atmosfera de enigma que prima por empregar em seus filmes. No recém-lançado “As Linhas Tortas de Deus”, o diretor não tem cerimônia quanto a acionar sua cornucópia de polêmicas, todas muito bem embaladas por uma trama muito bem conduzida e muito bem ancorada na performance de uma das grandes estrelas do cinema hispânico atual.