Por que existimos? Por que nascemos no século 21? Por que somos os humanos designados para testemunhar a expansão do metaverso? Qual minha missão em meio a tudo isso? Minha consciência existirá para sempre dentro de uma máquina? Quais rumos o mundo terá tomado em dez anos? Vira e mexe eu penso nessas coisas e tenho ondas de frio na barriga, porque é assombrosa a rapidez como o mundo evolui tecnologicamente. E você? O que tem questionado?

De quando em quando, a indústria passa a operar no modo automático e o mercado fica inundado de filmes repetitivos, arrastados, feitos apenas para constar — e, por óbvio, cumprir as metas draconianas de produção. Antoine Fuqua foge à regra da mesmice que assola o cinema desde sempre, e mesmo que “O Culpado” seja um remake, a releitura de um trabalho já levado à tela antes, nota-se na história um frescor, mérito do roteiro em grande medida.

A Revista Bula fez uma seleção com filmes novos que acabaram de entrar no catálogo da Netflix, produções que foram aclamadas pelo público e pela crítica e lançadas em 2021 e 2022. A lista, que contempla filmes de cinco países, certamente, deixará sua semana muito melhor. Os títulos estão organizados de acordo com o ano de lançamento e não seguem critérios classificatórios.

Barandiaran (1889-1991), padre e antropólogo espanhol que se dedicou a registrar lendas do País Basco. Lançado em 2017, a estreia de Alijo foi auspiciosa. O roteiro, escrito com Asier Guerricaechebarria, deixa evidente a familiaridade com contos de fadas e tramas pautadas pelo realismo mágico. Malgrado tantas inspirações, o trabalho de Alijo é bastante original ao ressaltar o macabro num enredo aparentemente pueril.