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“Druk — Mais Uma Rodada” é uma reflexão filosófica e existencial que ultrapassa as camadas superficiais da abordagem dos abusos de álcool. Sob a direção de Thomas Vinterberg, o filme se afasta das leituras tradicionais que ou glorificam ou condenam o álcool, conduzindo o espectador por uma jornada de autodescoberta e reflexão.

Em “Mulheres do Século 20”, o diretor Mike Mills constrói um retrato melancólico e multifacetado do amadurecimento masculino sob o olhar feminino, ambientado no coração da Califórnia, em 1979. Ainda que o pano de fundo histórico traga ecos reconhecíveis — como o emblemático “Discurso da Crise de Confiança” de Jimmy Carter e a nostalgia de fitas cassete —, é no embate entre gerações e ideologias que a narrativa encontra sua densidade mais expressiva.

Sob o disfarce de uma comédia dramática sobre heranças e despedidas, “Como Ganhar Milhões Antes que a Avó Morra” revela uma crítica afiada às dinâmicas familiares corroídas pelo egoísmo, pelas desigualdades de gênero e pelo descaso afetivo. Com sensibilidade rara, humor desconcertante e uma encenação delicada, o filme transforma pequenos gestos cotidianos em arenas de afeto, frustração, ambição e reconciliação possível entre gerações em ruína.

Em um território onde o instinto não basta, dois homens precisam reconstruir o que nunca souberam ser: pais. “O Melhor do Mundo” e “Aventuras de Pai” exploram, cada qual à sua maneira, os labirintos afetivos da paternidade tardia. Seja pela crueza emocional ou pelo deslumbramento fantástico, ambas as narrativas lançam seus protagonistas num confronto brutal com o que deixaram de viver — e com o que ainda podem significar.