“O Matador”, dirigido por Marcelo Galvão, apresenta um retrato cru e místico do sertão brasileiro no início do século 20. Ambientado em uma caatinga intemporal, o filme explora a vida de Cabeleira, um matador envolto em um cenário de pobreza e violência. A narrativa, permeada por figuras lendárias e metáforas poderosas, traça uma crítica social incisiva enquanto revela a brutalidade e a resistência de um povo esquecido.
Desde há muito, enredos enigmáticos e sombrios têm cativado as telas do cinema. Quase cinco décadas após o falecimento de Agatha Christie (1890-1976), sua influência continua a permear uma vasta gama de narrativas, seduzindo o espectador não apenas visualmente, mas também intelectualmente e, porventura, até visceralmente, embora não exatamente pelo deleite gastronômico. A descoberta de um corpo em uma praia serena certamente teria despertado o interesse da Dama do Crime, e é possível que tenha sido uma das impressões que passaram pela mente de Małgorzata Oliwia Sobczak ao conceber o enredo de “Czerwień ” (“vermelho”, em polonês), seu romance policial publicado em 2019.
Em “Pérolas no Mar”, dirigido por René Liu, duas vidas se entrelaçam em uma jornada emocional que atravessa uma década. Jian-qing e Xiao-xiao se conhecem em um trem, iniciando um romance que desafia o tempo e as circunstâncias. Ao se reencontrarem anos depois em um aeroporto, eles confrontam as escolhas e os desencontros que moldaram suas vidas. Este filme captura a essência do amor, a luta por sonhos e a aceitação das realidades implacáveis que a vida impõe.
“O Fotógrafo de Mauthausen” revela a história de Francesc Boix, um prisioneiro espanhol no campo de concentração nazista de Mauthausen durante a Segunda Guerra Mundial. Boix, encarregado de fotografar as atrocidades cometidas pelos nazistas, utiliza sua posição para documentar e preservar provas dos horrores vividos. Este filme destaca a coragem e a resistência de um homem que, apesar de tudo, se empenhou em revelar a verdade para o mundo.
Sian Heder tem se destacado por explorar temas envolvendo famílias atípicas, como em “Tallulah” (2016), um desenvolvimento de seu curta “Mother” (2006). Desde então, Heder amadureceu significativamente como diretora e mulher, abordando complexidades emocionais e os desafios da maternidade. Seu trabalho mais recente, “No Ritmo do Coração” (2021), continua a mostrar seu talento em lidar com narrativas profundas.
