Suspense sueco que acaba de estrear na Netflix vale cada centésimo de segundo do seu tempo
Não se sabe se Ingmar Bergman (1918-2007) ficaria orgulhoso de “O Abismo”, mas que o filme de Richard Holm é um símbolo do novíssimo cinema sueco — e, mais importante, de suas nada modestas pretensões — não restam dúvidas. A história de uma cidadezinha ao norte do país ameaçada por um inimigo que se esconde nos intestinos da terra vem a lume numa produção grandiosa, o primeiro filme-catástrofe sueco, entregue ao diretor por seu bom desempenho em “Gåsmamman” (2015–2019) e “Maskineriet” (2020), séries de televisão que mesmerizaram seus exigentes compatriotas.