O eterno retorno de Michel Houellebecq
O homem absurdo, então, seria o sujeito que enfrenta esse confronto conscientemente, sem a necessidade de recorrer a um “salto”, isto é, a um deus — aqui, Camus se afasta de filósofos existencialistas como Kierkegaard, para quem deus representaria a própria absurdidade — e, sobretudo, o faz sem nenhuma esperança. É, assim, um homem que experimenta o que esta vida tem a oferecer, sabendo, desde o princípio, que ela é uma causa perdida.