As crianças são cheias de imaginação e “Matilda: O Musical” dá vida e asas à imaginação de Matilda Wormwood e das crianças de seu colégio, que vivem sob a rotina escolar ditatorial da diretora Trunchbull, um mulher que é um verdadeiro brutamontes e despreza todos os alunos. Com a chegada da menina, que é por natureza rebelde e desafiadora, uma verdadeira revolução será promovida na escola para derrubar o regime de opressão e violência no qual todas as crianças são submetidas.

Mais o homem sonha com a liberdade possível, mais o dito sistema lhe mostra que nem isso lhe cabe, que seu papel é sublimar as dores de sua débil humanidade e alimentar a máquina sem protestos, até que a morte lhe venha em socorro. Do roteiro de “Beckett”, do diretor Ferdinando Cito Filomarino e Kevin A. Rice, extraem-se as óbvias referências ao dramaturgo que empresta o sobrenome ao filme e a seu personagem central, um herói escrupuloso demais (e indefeso demais) num mundo piedoso (e humanista) de menos.

“Três Cristos” (2017) não propõe a cura da esquizofrenia, mas pelo menos o dr. Stone (Richard Gere) fica feliz com o resultado do seu projeto inovador de pesquisa da identidade real dos pacientes que se consideram o Deus vivo. No cinema, depois da lua de mel hollywoodiana de divãs que curam, algumas produções começaram a reportar os esqueletos do armário dos hospitais psiquiátricos, principalmente os tratamentos invasivos de lobotomia e eletrochoques.

A mente guarda muitos segredos. Muitas vezes, de nós mesmos. Compartimentamos muitos de nossos traumas, enterramos tristezas, escondemos sofrimentos que acabam ajudando a moldar as pessoas que nos tornamos hoje, com todas nossas inseguranças, travas e amarras. Muitas vezes, para conseguir desfazer esses nós, é preciso se reconectar com quem éramos antes destes problemas acontecerem. Em “Dear Zindagi”, viajamos com Ali por uma aventura pela sua nova vida adulta, pelo amadurecimento emocional e pela história de superação de seu passado.