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O filme mais bonito e tocante do mês acaba de chegar à Netflix — e vai ficar com você por muito tempo Divulgação / Netflix

O filme mais bonito e tocante do mês acaba de chegar à Netflix — e vai ficar com você por muito tempo

Ao colidir de forma abrupta com a paternidade tardia, um produtor de TV viciado em trabalho vê sua vida desmoronar enquanto tenta se reconectar com um menino cuja existência desconhecia. Entre lapsos de ternura, humor desconcertante e feridas mal cicatrizadas, o reencontro entre pai e filho vira uma jornada de afeto improvável, marcada por silêncios eloquentes, verdades retorcidas e uma ausência que ainda dita o ritmo do presente.

Obra-prima de David Fincher, com Brad Pitt e Morgan Freeman, vai deixar cada cena grudada para sempre na sua cabeça — na Max Divulgação / Juno Pix

Obra-prima de David Fincher, com Brad Pitt e Morgan Freeman, vai deixar cada cena grudada para sempre na sua cabeça — na Max

Em uma metrópole sem nome, eternamente encoberta por nuvens espessas e açoitada por uma chuva que nunca cessa, o tempo não flui — ele apodrece. A atmosfera é de decomposição moral, onde o concreto encharcado parece pulsar com a angústia dos que ali sobrevivem. É nesse purgatório urbano que “Seven: Os Sete Crimes Capitais” se desenrola, como uma liturgia sombria da decadência civilizatória.

Gene Hackman e John Cusack em thriller de tribunal baseado em best seller de John Grisham, na Netflix Divulgação / New Regency Productions

Gene Hackman e John Cusack em thriller de tribunal baseado em best seller de John Grisham, na Netflix

Há filmes que permanecem vivos não pelo espetáculo visual ou pela pirotecnia narrativa, mas porque têm a coragem de explorar os interstícios onde a justiça se corrompe e o poder se dissimula. “O Júri”, dirigido por Gary Fleder e baseado no romance homônimo de John Grisham, é exatamente esse tipo de cinema — não aquele que nos oferece respostas bobas, mas que expõe a engrenagem oculta por trás do veredito.

A maior história de amor do cinema nos últimos 30 anos chegou à Max Divulgação / Warner Bros.

A maior história de amor do cinema nos últimos 30 anos chegou à Max

Na quietude de uma fazenda em Iowa, um encontro fugaz entre uma dona de casa e um fotógrafo transforma quatro dias comuns em uma travessia emocional irreversível. Dirigido por Clint Eastwood e impulsionado pela atuação magistral de Meryl Streep, “As Pontes de Madison” subverte expectativas ao explorar o amor não vivido com uma delicadeza que inquieta e permanece.

O melhor filme de abril: obra-prima com Tilda Swinton e Julianne Moore acaba de estrear na Netflix Iglesias Más / El Deseo

O melhor filme de abril: obra-prima com Tilda Swinton e Julianne Moore acaba de estrear na Netflix

Mais uma vez, Almodóvar prova estar afinado com seu tempo ao trazer à superfície outro rol de polêmicas, embaladas, como sói acontecer, em cores berrantes e luminosas, em “O Quarto ao Lado”, uma forçosa reflexão acerca da finitude que persegue-nos a todos. Inspirado em “O que Você Está Enfrentando” (2020), romance da americana Sigrid Nunez, o roteiro de Almodóvar é um eterno vaivém de cenas marcadas pela doçura e uma avalanche da realidade dolorosa de que alguém tenta livrar-se pagando com a própria vida.