7 livros imperdíveis para quem ama mistérios dignos de Agatha Christie

7 livros imperdíveis para quem ama mistérios dignos de Agatha Christie


Você provavelmente já teve aquele momento em que, no meio de uma leitura, suspeitou até do gato da vizinha, afinal, ele também olhou estranho quando você entrou na cozinha. Para leitores compulsivos por enigmas, desconfianças e reviravoltas, poucos prazeres se comparam ao de mergulhar em um bom mistério. E não estamos falando de mistério qualquer: queremos aquele que faria Agatha Christie bater palmas no além, ou pelo menos franzir a testa com respeito. É a leitura que transforma cada barulho da casa em um possível assassinato, e cada personagem simpático em potencial vilão. Livros assim não só entretêm, eles nos tornam detetives honorários, com direito a anotações confusas, teorias infundadas e a clássica exclamação “eu sabia!”, mesmo quando não sabíamos nada. E convenhamos: no fundo, a graça está em errar todos os palpites com convicção.

Agora, se você já esgotou os Poirots e Marples da estante, talvez esteja na hora de ousar em novas direções, sem perder o clima de crime bem tramado e tensão inteligente. O mundo literário está repleto de obras que mantêm o espírito da dama do crime, mas com roupagens novas, sotaques diferentes e estilos que desafiam o leitor a cada virada de página. Não importa se o cenário é um monastério medieval, uma cidade congelada ou uma galeria de arte bombardeada: o importante é que a dúvida paira até a última linha. São histórias que brincam com a verdade, com a memória e com o próprio leitor, e que, no fim, entregam mais do que soluções: oferecem o delicioso gosto da surpresa, aquela que a gente não viu chegando. E quando um livro consegue isso, ele não é só um mistério, é um acontecimento.

Por isso, prepare sua lupa literária, dispense compromissos sociais e esqueça o sono. A lista a seguir traz sete livros que não devem absolutamente nada aos clássicos de Christie, exceto, talvez, por deixarem você igualmente paranoico. Aqui tem detetive alcoólatra, assassinato em biblioteca, artista traumatizado, conspiração política em neve, e até um escritor que investiga o próprio fracasso narrativo. Cada título foi cuidadosamente escolhido para agradar quem adora decifrar segredos, ou, pelo menos, fingir que consegue. O que todos têm em comum? O talento de manter o leitor refém, suspeitando de todos e confiando em ninguém. Afinal, onde há mistério de qualidade, há também uma dose saudável de paranoia, e, sejamos francos, é para isso que a gente lê.

Fer Kalaoun

Fer Kalaoun é editora na Revista Bula e repórter especializada em jornalismo cultural, audiovisual e político desde 2014. Estudante de História no Instituto Federal de Goiás (IFG), traz uma perspectiva crítica e contextualizada aos seus textos. Já passou por grandes veículos de comunicação de Goiás, incluindo Rádio CBN, Jornal O Popular, Jornal Opção e Rádio Sagres, onde apresentou o quadro Cinemateca Sagres.