O que as pessoas mais cultas que conheço estão lendo em 2025

O que as pessoas mais cultas que conheço estão lendo em 2025

As pessoas cultas são um mistério. Elas sabem exatamente onde fica o Sudão do Sul, têm opiniões firmes sobre a vírgula de Oxford, e conseguem sair de uma livraria com apenas um livro na mão, o que, francamente, deveria ser reconhecido como superpoder. Algumas vivem em bibliotecas pessoais onde as estantes fazem mais curvas que a vida amorosa do protagonista de um romance russo. Outras têm o hábito de sublinhar trechos com lápis e escrever observações nas margens com letra miúda e irretocável, como se fossem editores fantasmas do próprio Tolstói. Estão sempre lendo alguma obra “incômoda”, “inteligente” ou “profundamente transformadora”. Não raro, envolvem-se em discussões acaloradas sobre traduções da Ilíada e se ofendem quando alguém chama Clarice de “esotérica”. Elas sabem das coisas, e nós seguimos observando, meio intimidados, meio fascinados.

A parte boa é que o gosto literário das pessoas cultas pode servir de bússola para quem anda perdido na selva dos lançamentos. Elas já filtraram os livros de autoajuda disfarçados de romance, as histórias que parecem roteiros da Netflix mal adaptados e os títulos criados por IA em surto criativo. Quando uma pessoa realmente erudita recomenda uma leitura, você escuta. Mesmo que ela comece a explicação com “o narrador não é confiável, mas…”. É aí que você finge entender, anota o nome com o Google aberto e espera o momento certo para brilhar num jantar. Saber o que ler é metade do caminho. A outra metade é encontrar tempo entre boletos, telas e ansiedades variadas, o que nos leva ao motivo desta lista: facilitar sua vida com indicações que já passaram pelo crivo mais exigente da sociedade civil organizada dos intelectuais de confiança.

Então prepare sua xícara de chá (ou seu expresso duplo), ajeite a manta no sofá e prepare-se para ler livros que fazem pensar, sentir e, talvez, reconsiderar toda a sua existência. Não é exagero. Aqui estão as escolhas literárias de quem lê por amor, por vício e por um certo prazer de parecer inacessível. Entre ficções ousadas, narrativas introspectivas e reimaginações de clássicos, essa seleção reúne obras que foram cuidadosamente devoradas, e depois recomendadas, por pessoas que não têm paciência para modismos passageiros. Nada de thrillers genéricos com final “chocante” ou romances açucarados com protagonistas em crise de meia-idade com uma padaria artesanal. Estes livros exigem mais e entregam muito mais. E o melhor: você não precisa ser um erudito para apreciá-los. Basta abrir a primeira página.