5 livros famosos que eu li só pra poder falar mal com propriedade

5 livros famosos que eu li só pra poder falar mal com propriedade

Ler é um ato de amor. Mas às vezes, é também um ato de vingança. Porque não há sensação mais catártica do que atravessar trezentas páginas de metáforas mal alinhadas, reviravoltas implausíveis ou epifanias de autoajuda só pra depois poder olhar nos olhos de quem te recomendou e dizer, com toda propriedade do mundo: “eu li e achei um desastre”. Essa lista nasceu assim: de um impulso estético e rancoroso, com uma pitada de sadismo literário. Li cada obra até o fim. Gosto de sofrer com consistência.

Há livros que vendem como pão quente, que se empilham nas livrarias como monumentos ao consenso de mercado. Neles, a promessa de sabedoria ou transcendência se disfarça em frases de impacto e diálogos expositivos. São as obras que, de tanto ouvirmos falar, se tornam inescapáveis, mesmo que nosso instinto diga: “isso não é pra mim”. Pois bem: eu fui. Entrei na jornada, virei todas as páginas. Encarei o misticismo, os arquétipos, os gurus e até uma certa entidade divina que fala como terapeuta de Instagram.

Essa é a seleção dos cinco livros famosos que li só pra poder falar mal com embasamento. E se você for um fã fervoroso de algum deles, recomendo seguir com bom humor e mente aberta ou então parar por aqui e manter a ilusão intacta. A seguir, as sinopses cuidadosamente elaboradas de cada obra, com o respeito formal que nem todos esses títulos me inspiraram. Porque criticar com elegância também é uma forma de generosidade.