Thomas Bernhard

Extinção, de Thomas Bernhard: o negativismo como estética e existência

Extinção, de Thomas Bernhard: o negativismo como estética e existência

Thomas Bernhard mergulha o leitor em um universo marcado pelo colapso de qualquer esperança de redenção ou sentido. Através de uma prosa densa e repetitiva, o autor desmantela a estrutura da linguagem, transformando-a em um instrumento de autossabotagem. O romance acompanha Franz-Josef Murau, que, ao retornar à sua terra natal após a morte da família, enfrenta as sombras de um passado marcado por hipocrisia e decadência. Bernhard expõe, com brutalidade, a fragilidade da existência e o esgotamento do sentido nas palavras.

Thomas Bernhard, o filho ingrato da Áustria e a precária arte da sobrevivência

Thomas Bernhard, o filho ingrato da Áustria e a precária arte da sobrevivência

Thomas Bernhard (1931-1989) parece ser o filho ingrato da Áustria, embora seu grande divertimento não seja propriamente destruir a reputação do seu país, e sim do Estado austríaco — em especial a Áustria católica dos Habsburgo e sua herança, condenadas de maneira implacável. Reger é, assim, legítimo herdeiro de Bernhard, comprovando que a biografia é quase sempre o ponto de partida da ficção (a exemplo de Hemingway, de Joseph Conrad e muitos outros).

Bula de Livro: Derrubar Árvores, de Thomas Bernhard

Bula de Livro: Derrubar Árvores, de Thomas Bernhard

Escrito em um paragrafo único e descrito por Harold Bloom como o melhor livro do autor, o romance é uma crítica severa, mordaz e hilária contra tudo e todos, sobretudo a classe intelectual austríaca, com quem, no fundo, o autor mantém uma relação de amor e ódio. Thomas Bernhard construiu uma obra-prima atemporal, um manual das ilusões artísticas, do cinismo integral, dos convescotes sociais e da empáfia cultural, que, quase sempre, caminham ao lado da mediocridade. Um livro magnífico, obrigatório.