Livros

6 livros que viraram a chave na vida de milhões — e podem fazer o mesmo por você

6 livros que viraram a chave na vida de milhões — e podem fazer o mesmo por você

Há livros que passam, leves, como quem não quer deixar marcas. Outros permanecem, mesmo sem barulho, como uma febre baixa que demora dias para ceder. E há ainda aqueles raros — os mais raros — que mudam alguma coisa que parecia já assentada. Não por oferecerem uma verdade absoluta, nem por trazerem soluções em frases sublinhadas. Mas porque deslocam. Eles tiram o leitor de onde ele estava — e, quase sem aviso, o colocam noutro ponto do mapa interior. Às vezes, um pouco mais perto de si. Às vezes, um pouco mais longe do desespero.

O livro que antecipa o vício dos cassinos online — e já destruiu milhões de leitores por dentro

O livro que antecipa o vício dos cassinos online — e já destruiu milhões de leitores por dentro

“O Jogador” é uma história sobre amores efêmeros e pequenas vinganças. Dostoiévski conheceu de muito perto o inferno de ter se tornado presa da jogatina, e neste suspense psicológico de sua fase intermediária tenta conduzir o leitor pelo dédalo de emoções contraditórias que o assaltaram durante uma viagem à Europa Ocidental. Para evitar problema com a lei, situa seus personagens na cidade fictícia alemã de Roletemburgo, trocadilho óbvio para designar um lugar corrompido pelo tilintar das fichas e pelo sobe e desce do baralho, expediente que faz a desgraça de todos eles.

Uma volta ao mundo em 12 livros que você (ainda) não leu — mas merecia ter lido

Uma volta ao mundo em 12 livros que você (ainda) não leu — mas merecia ter lido

O que une essas vozes — e são muitas: africana, ibérica, asiática, latino-americana — não é uma agenda, nem um estilo. É uma espécie de fidelidade. Ao detalhe. Ao que escapa. Àquilo que, de tão verdadeiro, mal pode ser dito. E por isso precisa ser narrado com estranheza, hesitação, beleza. Não são livros para serem “recomendados”. São livros que aguardam. Que ficam. À margem, mas pulsando.

O livro mais misterioso da literatura brasileira — e que virou refúgio secreto de quem pensa demais

O livro mais misterioso da literatura brasileira — e que virou refúgio secreto de quem pensa demais

Publicado em dezembro de 1943, dezesseis anos antes da ida de Clarice para a Zona Sul carioca — para onde fora levada quando decidira se separar do marido —, “Perto do Coração Selvagem” escrutina as primeiras descobertas de Joana, muitas, claro, afeitas à paixão e ao sentimento amoroso mais elaborado, e à medida que o livro se agiganta e Joana torna-se mulher, o leitor percebe quão ingênua, quiçá tola, era a protagonista. Em seu romance inaugural, Clarice já demonstrava a incontrolável vontade de rever a condição feminina a partir de pontos de vista que deveriam ser óbvios, mas provam-se reveladores, empenhados num mergulho corajoso na dialética das emoções humanas.

7 histórias de amor tão encantadoras quanto viscerais — juntas, já foram lidas por mais de 1 bilhão de pessoas no mundo inteiro

7 histórias de amor tão encantadoras quanto viscerais — juntas, já foram lidas por mais de 1 bilhão de pessoas no mundo inteiro

Não é exagero dizer que esses sete romances que reunimos aqui já foram lidos por mais de um bilhão de pessoas. Há algo inquietante nisso. Um bilhão de olhos seguindo as mesmas linhas, um bilhão de corações comprimidos no mesmo parágrafo onde alguém ama demais ou cedo demais ou tarde demais. É como se houvesse uma linha subterrânea que ligasse um leitor russo de 1878 a uma adolescente colombiana de 2025. A força do amor — em sua forma literária — sempre teve algo de clandestino.