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Chamar Paul McCartney de velho seria um insulto à própria velhice. A mocidade apegou-se a ele desde os primórdios da beatlemania até os dias atuais, quando continua a subir no palco para testar os limites físicos de suas cordas vocais enrijecidas pelo tempo. Desafinar todo mundo desafina. Não vão querer exigir afinação perfeita de um homem de 83 anos de idade. Há, contudo, que se desafinar com elegância. Desafiar o tempo. Destilar o amor sob olhares de contentamento. Amor é troca. Amor é via de mão dupla.

O livro que vendeu 1,5 milhão de cópias na semana de estreia e se tornou o maior fenômeno editorial de 2025

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Ninguém percebe quando o barulho começa. Ele não soa, ele cresce. Como um zumbido que primeiro parece estar do lado de fora, mas aos poucos entra pelos ouvidos, infiltra-se pela língua e cola no céu da boca. “Amanhecer na Colheita” chegou assim. Não como um livro. Como um evento. Um gesto de marketing que virou produto, que virou notícia, que virou fenômeno, que virou sombra. Um livro que não se lê exatamente, mas se consome. Como cereal de sábado de manhã ou a décima temporada de algo que a gente nem lembra por que começou. Você abre as primeiras páginas e já não está mais sozinho, está dentro do maquinário. Tudo já foi decidido antes da primeira linha.

5 livros que voltaram a vender como se tivessem sido lançados ontem

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Algumas obras não envelhecem: adormecem. Passam anos, décadas até, e então, por razões imprevisíveis — uma adaptação, um vídeo viral, uma frase solta em uma rede qualquer — renascem como se tivessem sido publicadas na véspera. Voltam aos catálogos, reaparecem nas vitrines, ganham edições novas, traduções novas, leitores novos. Como se esperassem, silenciosamente, a hora certa para reaparecer. Não é só marketing: é magnetismo literário. São livros que carregam uma centelha oculta, e quando reacendem, fazem parecer que nunca foram esquecidos.

5 livros para quem tem alma de gótica suave e coração de Emily Dickinson

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Quem nunca sentiu que nasceu na época errada, com um gosto por velas negras, poemas sussurrados às sombras e aquele drama existencial que faria até uma rosa murchar de inveja? Se você já se pegou suspirando por uma estética gótica que não rasga a seda, mas ainda bate forte no coração, seja porque ama uma pitada de mistério ou porque seu espírito se identifica com o eterno solitário Emily Dickinson, está no lugar certo. Afinal, há algo delicioso em misturar a doçura da delicadeza com o peso das angústias internas, um paradoxo digno de poema.

O livro que ficou no Top 1 de vendas por semanas e virou obsessão coletiva em 2025

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Era uma vez um livro que nunca pediu desculpas. Nenhuma linha ofereceu abrigo, nenhuma metáfora ofereceu salvação. O que havia era um rio — ou a lembrança de um rio — atravessado não por garotos em fuga, mas por uma ferida em marcha. Os nomes são conhecidos, mas os olhos não. Alguém que chamam de James, alguém que observa tudo com a calma dos que já não esperam nada. O tempo parece curvado, não porque dobra de fato, mas porque recusa qualquer linha reta. Nada ali foi feito para consolar. A linguagem é o avesso da decência. E ainda assim, ali está o livro, no topo da lista, na boca de todos, espalhado como rumor.