Livros

Monteiro Lobato criou a filósofa Emília

Monteiro Lobato criou a filósofa Emília

Gilberto Gil cantou que a boneca de pano e o sabugo de milho eram gente no Sítio do Pica-pau Amarelo. Pensavam para além dos humanos, naquele local que é um Brasil em miniatura, onde se sonha com o futuro baseado nos frutos da terra (plantas, minérios). Mais à superfície, está o microcosmo criado pelo antimoderno convicto Monteiro Lobato (1882-1948).

Com nostalgia e lirismo, Carlos Marcelo escreveu um dos melhores livros de 2021

Com nostalgia e lirismo, Carlos Marcelo escreveu um dos melhores livros de 2021

Na Brasília da década de 1970, quatro amigos acabam dando azo a seus instintos mais animalescos e cometem um crime. Passados 50 anos, eles estão imbricados numa trama macabra para assassinar um figurão da República, dessa vez de caso pensado. O thriller dramático “Os Planos” (Letramento), de Carlos Marcelo, veterano no jornalismo hard news, apresenta conjecturas estimulantes sobre como o Brasil se tornou a republiqueta de hoje, em grande parte devido ao isolamento físico de sua capital.

Rimbaud, Flaubert e as revoltas parisienses

Rimbaud, Flaubert e as revoltas parisienses

Acaba de ser publicada uma nova edição em português com duas obras maiores do poeta francês Arthur Rimbaud. O livro “Um Tempo no Inferno e Iluminações” é uma das portas de entrada para um dos escritores mais influentes da cultura erudita e da popular, sobretudo entre os jovens. Foi um autor de cabeceira de astros do rock como Jim Morrison (The Doors), Bob Dylan, Patti Smith, Cazuza e Renato Russo.

Mário Palmério, o gênio esquecido

Mário Palmério, o gênio esquecido

Primeiro viver, depois expressar-se. Primeiro viver para compreender, para conceber; e só então ofertar essa experiência ao mundo. A realidade parece ser a fonte da inspiração da maioria dos escritores, mas em Mário Palmério ela atinge uma importância tal que mal a distinguimos da ficção. O fato de seus textos não serem puramente relatos históricos como os vemos nos livros didáticos se deve à habilidade do autor em expressar os acontecimentos de modo tão criativo, belo e artístico.

Ana Paula Maia usa epidemia para construir alegoria da catástrofe

Ana Paula Maia usa epidemia para construir alegoria da catástrofe

A ideia de que o mundo acabaria em algum momento futuro esteve presente numa legião de pensadores, romancistas e cineastas nas últimas décadas. O temor vinha sobretudo com o tema das mudanças climáticas e do aquecimento global. Criou-se, no sentido amplo da palavra, uma literatura da catástrofe. A pandemia da Covid-19, no entanto, parece ter provocado uma virada, um “plot twist”, nessa linha de pensamento.